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Nesta terça-feira (31), assessores do governo chegaram a dar como certo que o envio ao Congresso de uma minuta corrigindo a proposta do Orçamento de 2024 prevendo déficit fiscal de 0,25% ou 0,5% do PIB.
Seria uma consequência da fala do presidente Lula, que descartou zerar o déficit fiscal no ano que vem alegando que não quer ficar refém de corte de gastos. A alteração da meta opõe os ministros Fernando Haddad e Rui Costa, da Casa Civil.
Em reunião com deputados, Lula assegurou que não haverá corte de gastos previstos no Orçamento. Os deputados entenderam, então, que o governo vai rever a proposta orçamentária.
Mais do que isso, ficaram convictos de que não haverá nenhuma iniciativa para aumentar as despesas como forma de pressionar o Congresso a aprovar medidas de aumento da receita, o que é a prioridade do governo. Mas a redução de despesas também está descartada.
A tese de mudança da meta ganhou corpo também no mercado financeiro, onde analistas consideram inexequível zerar o déficit já em 2024. Mas também concordam que seria um duro golpe no arcabouço fiscal e atingiria a confiança dos investidores.
Esse é o problema de se lançar uma questão importante sem antes haver uma combinação prévia. Lula gosta dessas divergências, que alimentam sua tomada de decisão final, mas às vezes o custo pode ser muito alto.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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