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No final dos anos 1980, embora repórter de Economia, fui chamado para um esforço concentrado da redação do jornal onde trabalhava para cobrir um incêndio numa favela no bairro do Morumbi, em São Paulo.
Pouco tempo antes, testemunhei outro incêndio, que consumiu a favela onde hoje é o Shopping Vila Olímpia.
Muitos outros casos se repetiram na cidade ao longo dos anos, e coincidentemente todas essas ocorrências motivaram a ocupação dos terrenos por empreendimentos comerciais ou residenciais, em vez de abrir espaço para a urbanização, áreas verdes ou pontos de convivência.
Na prática, em vez de pensar as cidades com respiros e um mínimo de planejamento urbanístico preservando o ambiente, as prefeituras ao longo dos anos vislumbraram receita e negociata com as construtoras.
O resultado está aí. Para além da mudança climáticas provocada pelo desmatamento desenfreado e pela ganância, a falta de verde nas cidades está cozinhando a população, tornando essas cidades inabitáveis e causando prejuízos imensuráveis à atividade econômica.
Não por acaso, pesquisa Ipsos reportada nesta segunda-feira (13) revela que a preocupação dos brasileiros com o clima é recorde e alcança 17%.
Ainda dá tempo para repensar tudo isso, o que exige coragem e um mínimo de iniciativa, pois o apoio para medidas drásticas é crescente. É preciso ficar de olho nos candidatos em 2024. Quem não tiver o clima na plataforma de governo deve ser descartado imediatamente.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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