//AVALIAÇÃO// Saúde rebaixa nota de Serra Negra em ranking de cidades para idosos



A área da saúde em Serra Negra teve o pior desempenho entre os indicadores do município avaliados pelo Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL) 2023, divulgado na semana passada pelo Instituto de Longevidade. Os itens socioambiental, saúde e economia foram avaliados numa escala de 1 a 100. Serra Negra ficou 360º lugar entre os municípios pequenos. 

A área da saúde obteve nota 55, semelhante à de Dois Lajeados (SC), que foi campeã no ranking das cidades com até 38,8 mil habitantes do IDL. Mas o desempenho de Serra Negra na saúde ficou muito abaixo do de Águas de São Pedro (SP), que recebeu nota 71 e foi o único município do Estado de São Paulo incluído entre as 20 cidades de pequeno porte do país com melhor indicador de desenvolvimento para longevidade.

Dos dez indicadores da área da saúde avaliados, quatro tiveram avaliação abaixo de 50. Leitos hospitalares recebeu nota 45,54, a segunda pior entre os indicadores de saúde, seguida pelo item óbitos por doenças infecciosas e parasitárias (44,18).

A cobertura vacinal recebeu nota 43,45, a mais baixa entre os indicadores de saúde no município, que provavelmente deve ser atribuída à queda de vacinação em todo o país. Ao número de profissionais de saúde foi atribuída nota 48,38. 

O número de estabelecimentos de saúde no município recebeu nota 71,70, a mais alta do indicador de saúde, o que deve ser decorrente do número de Unidades Básicas de Saúde.

O item Procedimentos Ambulatoriais recebeu nota 52,11 e de procedimentos hospitalares 68,30, a segunda melhor avaliação na área da saúde. Óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas receberam nota 57,19. Óbitos por Doenças aparelho circulatório 57,26 e por Causas Externas, 62,07.

O IDL 2023 avaliou 5.570 municípios brasileiros. Essa é a terceira edição do indicador, elaborado este ano pelo Instituto de Longevidade em parceria com a PGA Consultoria. Para medir o índice de longevidade, o IDL se baseou em indicadores de saúde, economia e socioambiental oficiais, como os do Instituto Brasileiro de Geografia Estudos Socioeconômicos (IBGE), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Portal da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU), entre outros.



Comentários

  1. Essa terceirização de profissionais que vem sendo feita na área da saúde de Serra Negra está acabando com o que melhor havia no setor, qual seja, o vínculo entre os funcionários, em suas mais diversas funções, e a população da cidade que recorre a cuidados médicos.
    No último domingo (12/11), levei meu pai, de 94 anos (cego, surdo e acamado há anos) ao PS. A médica, muito atenciosa, solicitou um Raio X e um exame de urina, avisando que, quanto ao exame, este demoraria cerca de duas horas para ficar pronto, já que seria encaminhado a um laboratório em Amparo. Informou ainda que eu e meu pai teríamos que permanecer no PS até que o resultado chegasse. O motivo alegado foi de que muitas pessoas não retornam à unidade para retirar os resultados de seus respectivos exames.
    Eu e meu pai, embora tenhamos recebido até alimentação (uma sopa), fomos colocados em um cômodo totalmente inadequado (sem janelas ou ventilador num dos dias mais quentes do ano) para acolher um idoso de 94 anos, ainda mais no estado debilitado em que se encontra.
    Bem, aguardei duas horas e meia nesse local. Resolvi então perguntar se o resultado do exame de urina havia finalmente chegado, sendo informada que o mesmo não havia sido encontrado na lista enviada a Amparo. Esgotada, muito nervosa por ver meu pai naquela situação por tanto tempo, reclamei alto e bom som sobre a situação.
    Enfim, depois de cerca de três horas, consegui uma receita para medicação da tosse intermitente que ele apresentava e pude leva-lo para casa. Sem o resultado do exame de urina, que não havia chegado e que tive que ir buscar posteriormente.
    Considero o episódio uma total falta de respeito e sensibilidade, não só com meu pai, mas também comigo, que tenho 66 anos.
    Ao que se sabe, a Prefeitura, que subvenciona o funcionamento do PS por meio de verba significativa, investe na área da saúde cerca de 30 por cento do orçamento anual do município, isto é, o dobro do que manda a regra constitucional, fixada em 15 por cento.
    Fico me perguntando, assim como muitos moradores da cidade que necessitam de cuidados médicos, exatamente aonde, em que e como estão sendo aplicados esses recursos, já que não está havendo retorno na melhoria do atendimento à população.
    No caso do PS, este está passando por uma reforma, aliás a desculpa que recebi várias vezes para as reclamações que fiz. Sei também que está sendo construída uma nova e ampla UBS, que atenderá os pacientes do Centro, antes encaminhados ao posto da Firmino. Mas continuo indagando ao prefeito e ao secretário do setor: de que adiantam esses investimentos em obras e na alegada economia e eficiência da tal terceirização de funcionários se o atendimento ao paciente, que é o que interessa, vem piorando gradativamente?

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  2. Essa terceirização de profissionais que vem sendo feita na área da saúde de Serra Negra está acabando com o que melhor havia no setor, qual seja, o vínculo entre os funcionários, em suas mais diversas funções, e a população da cidade que recorre a cuidados médicos.
    No último domingo (12/11), levei meu pai, de 94 anos (cego, surdo e acamado há anos) ao PS. A médica, muito atenciosa, solicitou um Raio X e um exame de urina, avisando que, quanto ao exame, este demoraria cerca de duas horas para ficar pronto, já que seria encaminhado a um laboratório em Amparo. Informou ainda que eu e meu pai teríamos que permanecer no PS até que o resultado chegasse. O motivo alegado foi de que muitas pessoas não retornam à unidade para retirar os resultados de seus respectivos exames.
    Eu e meu pai, embora tenhamos recebido até alimentação (uma sopa), fomos colocados em um cômodo totalmente inadequado (sem janelas ou ventilador num dos dias mais quentes do ano) para acolher um idoso de 94 anos, ainda mais no estado debilitado em que se encontra.
    Bem, aguardei duas horas e meia nesse local. Resolvi então perguntar se o resultado do exame de urina havia finalmente chegado, sendo informada que o mesmo não havia sido encontrado na lista enviada a Amparo. Esgotada, muito nervosa por ver meu pai naquela situação por tanto tempo, reclamei alto e bom som sobre a situação.
    Enfim, depois de cerca de três horas, consegui uma receita para medicação da tosse intermitente que ele apresentava e pude leva-lo para casa. Sem o resultado do exame de urina, que não havia chegado e que tive que ir buscar posteriormente.
    Considero o episódio uma total falta de respeito e sensibilidade, não só com meu pai, mas também comigo, que tenho 66 anos.
    Ao que se sabe, a Prefeitura, que subvenciona o funcionamento do PS por meio de verba significativa, investe na área da saúde cerca de 30 por cento do orçamento anual do município, isto é, o dobro do que manda a regra constitucional, fixada em 15 por cento.
    Fico me perguntando, assim como muitos moradores da cidade que necessitam de cuidados médicos, exatamente aonde, em que e como estão sendo aplicados esses recursos, já que não está havendo retorno na melhoria do atendimento à população.
    No caso do PS, este está passando por uma reforma, aliás a desculpa que recebi várias vezes para as reclamações que fiz. Sei também que está sendo construída uma nova e ampla UBS, que atenderá os pacientes do Centro, antes encaminhados ao posto da Firmino. Mas continuo indagando ao prefeito e ao secretário do setor: de que adiantam esses investimentos em obras e na alegada economia e eficiência da tal terceirização de funcionários se o atendimento ao paciente, que é o que interessa, vem piorando gradativamente?

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  3. Não entendi muito bem. Gosto do prefeito. Mas a saúde está precária para os idosos de Serra negra sp

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  4. O tempo de espera para se conseguir uma especialidade é absurdo.

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