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A prefeitura de São Paulo retirou todas as árvores das praças Aureliano Leite e Marechal Bittencourt, na Zona Oeste da cidade. No auge das evidências do impacto da crise climática, a medida extrema visa acabar com a prática do “dogging”, termo em inglês que define a relação sexual em público.
A decisão da gestão municipal é apenas um exemplo da estreiteza do prefeito, um mero desconhecido que tem feito de tudo para aparecer, de olho na eleição de 2024.
A prefeitura transformou a cidade num caos ainda maior do que o normal. Sem nenhum critério, implementa obras por toda a parte, muitas delas absolutamente desnecessárias. E, num período de fazer caixa para a campanha eleitoral, muitas dessas obras são contratadas sem licitação.
É preciso falar de São Paulo porque a maior cidade do País deve influenciar o processo eleitoral de muitas cidades, especialmente no contexto da polarização ainda evidente no Brasil.
Prova disso foi a eleição para os conselhos tutelares no último domingo. Esquerda e extrema-direita, conservadores religiosos à frente, se mobilizaram e levaram às urnas número recorde de eleitores.
A eleição para a Prefeitura de São Paulo será marcada pela disputa de Guilherme Boulos, liderando um bloco de esquerda, contra a extrema-direita disfarçada de conservadora, tendo o governador e o atual prefeito unidos num grupo que tem o miliciano como integrante.
São pessoas estranhas, que em vez de fazer ações que inibam a prática sexual em praça pública, preferem cortar todas as árvores da praça. Explica muito.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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