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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (25) aponta queda da aprovação do presidente Lula de 42% em agosto para 38% agora. A avaliação negativa foi de 24% para 29%.
É significativo que a piora de percepção ocorre especialmente no Nordeste, onde Lula conseguiu as maiores vantagens sobre seu adversário na eleição do ano passado e onde está o maior número de beneficiados pelos programas sociais do governo.
Junte-se a isso o fato de que para 57% dos entrevistados, o governo erra ao não classificar o Hamas como terrorista, mas a maioria (35%) considera positiva a postura do governo em relação à guerra no Oriente Médio.
Para alguns analistas, a pesquisa mostra a necessidade de Lula voltar-se mais para o cenário interno. Acrescentaria que a pesquisa revela a urgência na aceleração de estratégias de comunicação.
O cruzamento de dados indica que a falta de uma comunicação mais efetiva com setores da sociedade é ainda mais letal para Lula diante da ação agressiva das fake news de grupos extremistas num país ainda muito polarizado.
No caso da guerra, por exemplo, prevaleceu a versão falsa explorada pela extrema-direita de apoio do Brasil aos atos terroristas, sem nenhuma contextualização ou contemporização do cenário de disputas entre palestinos e israelenses.
O fenômeno não é apenas brasileiro, mas global. Por uma série de razões, a esquerda continua levando uma surra da extrema-direita nas redes sociais do mundo todo. No que diz respeito à narrativa obtusa de Damares e demais grupos radicais brasileiros, sem nenhum compromisso com a verdade ou com a ética, Lula precisa colocar sua turma para jambrar e massificar a narrativa construtiva. Com o atual funcionamento da Secom, porém, isso não será possível.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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