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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil |
Um ano após o indecoroso 7 de Setembro golpista, o miliciano vê o cerco se fechando e pode receber nos próximos dias o mais duro revés desde que deixou o Planalto.
Ao sugerir um acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid (foto), seu ex-ajudante de ordens, visa, obviamente, sua liberdade provisória, mas sabe que terá de entregar seu ex-chefe.
Por lei, delação premiada só existe se houver entrega de provas por crimes cometidos pelo autor da delação e por seus superiores. Por isso, Cid só poderá ser bem-sucedido se entregar a cabeça do miliciano.
Em diálogo com Fábio Wajgarten, advogado do genocida e candidato a vice-prefeito de São Paulo, na chapa com o atual mandatário da Capital, Mauro Cid reconheceu que no caso das joias estava cometendo crime. Ele foi textual ao dizer que as joias recebidas das Arábias eram patrimônio público e não poderiam ser vendidas. Sabia que integrava uma quadrilha de ladrões e que estava sendo levado para a lama.
O 7 de Setembro da volta à civilidade e da institucionalidade foi marcado também pela ratificação dos crimes cometidos pela Lava Jato, para desespero da mídia que também se lambuzou naquele pântano. Na véspera do feriado, o ministro Dias Toffoli, do STF, anulou todas as provas contra a Odebrecht e explicitou que Moro e sua canalha agiram fora da lei e em conluio com o serviço de inteligência dos EUA.
A revisão dos malfeitos e a punição dos responsáveis andam junto com a melhora da imagem do presidente Lula indicada em pesquisa. E a despeito das sensibilidades trazidas pela reforma ministerial, a provável folga no Congresso poderá se traduzir em conforto para o resto da gestão.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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