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Lula Marques/Agência Estado |
O dia 17 de agosto de 2023 ficará para a história pela sequência de acontecimentos negativos para o miliciano, em mais uma prova de que o cerco está fechando.
A quinta-feira começou com as graves acusações feitas pelo hacker Walter Delgatti (foto), de crimes que teriam sido cometidos a pedido do chefe da quadrilha e por ele próprio. Na sequência, vem a notícia de que o tenente-coronel Mauro Cid vai confessar que vendeu joias recebidas pelo Estado brasileiro e repassou o dinheiro ao quadrilheiro.
À noite, o ministro Alexandre de Moraes quebrou o sigilo bancário de Michelle e do marido.
Sem nenhuma surpresa para quem já acompanhava o assunto, as denúncias relatadas por Delgatti à CPI do 8 de Janeiro são consideradas a mais bombástica revelação de detalhes de crimes que teriam sido cometidos pelo antigo governo visando fraudar as eleições e preparar um golpe de Estado.
Simplesmente, as Forças Armadas foram cínicas a ponto de expor ao País um atestado de idoneidade e seguranças das urnas eletrônicas baseado no conhecimento de um hacker e ocultou isso.
Segundo Delgatti, o miliciano ainda lhe pediu para assumir a autoria de grampo “feito por técnicos de outro país” no celular do ministro Alexandre de Moraes. Em troca, receberia indulto.
A despeito da gravidade de tudo que foi relatado, o depoimento teve um momento de prazer. Ao ser questionado por Sergio Moro, Delgatti chamou o senador de “criminoso contumaz”, insinuou saber mais sobre ele do que foi divulgado na Vaza Jato e disse que Moro só não está preso porque recorreu ao foro privilegiado.
Cobrado pela falta de “respeito”, o hacker pediu “escusas”, o que foi visto como ironia por se tratar de termo muito utilizado por Moro na Lava Jato.
Meu agradecimento ao deputado de extrema-direita André Fernandes (PL-CE), autor do pedido de abertura da CPI. Sem esse tonto, nada disso seria possível.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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