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Em três temporadas, a ótima série Borgen reporta os bastidores da política no reino da Dinamarca. E você se sente em casa. A série mostra que política é política na Dinamarca, um dos países mais desenvolvidos do mundo, ou no Brasil, que tratamos tão mal.
Nas duas primeiras temporadas, a carismática primeira-ministra Brigitte Nyborg se vê às voltas com traições e manobras da ampla frente partidária que ela montou para governar. Concessões, ciúmes, populismos e acasos impõem um cotidiano de esforço em busca da governabilidade.
Foi impossível não lembrar de Brigitte ao acompanhar as negociações para a aprovação da reforma tributária, sonho de consumo de todos os presidentes dos últimos 30 anos e concluída na madrugada desta sexta-feira (7), com votação histórica.
A trama brasileira, porém, tem elementos mais criativos e personagens, digamos, mais peculiares. Para votar e aprovar a extensa pauta econômica no Congresso – arcabouço fiscal e Carf, além da reforma –, parlamentares do Centrão exigem “esforços” do Planalto.
Para setores da mídia, o governador Tarcísio de Freitas foi importante para a aprovação da reforma porque de última hora abandou as críticas e posou ao lado do ministro Fernando Haddad para manifestar apoio à proposta por ter se convencido dos benefícios da reforma.
Bobagem. Tarcísio percebeu que ficaria isolado, assim como o miliciano bobão da corte ficou, e bandeou para o lado vencedor. Tarcísio sabia que o Centrão estava sendo abastecido por emendas nos últimos dias, vinha sendo pressionado pelo empresariado e a reforma passaria com larga folga. Optou pelo lado vitorioso e saiu com ou louros. Mas terá de dividi-los com Lula, Haddad e até Arthur Lira.
A trama de Brasília não deve nada para a de Copenhagen.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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