//FERNANDO PESCIOTTA// Limites do homem com a IA



Independentemente da questão política, o comercial da VW ensejou a ampliação dos debates sobre o polêmico uso da inteligência artificial em diversas frentes, tema colocado em temperatura máxima nos últimos meses.

Além de Maria Rita cantando ao lado da mãe, Elis Regina, a tecnologia também fez John Lennon e Renato Russo cantarem como se fosse ao vivo. Robôs estão sendo desafiados a tirar dúvidas de usuários da internet e até a escrever romances.

A discussão aberta no setor publicitário ilustra o que se pode projetar para qualquer outra área de atividade. Analistas consideram que a campanha da VW é perfeita por usar inteligência artificial generativa para criar algo impossível até recentemente.

Outros consideram que criar peças publicitárias dessa forma pode economizar tempo e dinheiro, mas com riscos para as agências, seus clientes e até para a sociedade ao permitir a propagação de deepfakes – uso da IA para trocar o rosto de pessoas, sincronizar movimentos, expressões e demais detalhes, causando, na realidade, uma ilusão de algo inexistente.

A sociedade tem a oportunidade de dizer o que quer comprar e exigir alguns limites para garantir ética, honestidade e realismo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

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