//FERNANDO PESCIOTTA// Confiança no presidente é a maior desde 2012



A confiança dos brasileiros no presidente da República subiu ao maior nível desde 2012, quando Dilma Rousseff estava no Palácio do Planalto, segundo pesquisa iniciada em 2009 pelo Ibope e agora feita pelo Ipec.

Numa escala de zero (pouca confiança) a cem (muita confiança), o presidente Lula marca 50 pontos, nove a mais do que seu antecessor no levantamento anterior, em 2022.

A confiança em Lula é naturalmente maior entre eleitores do Nordeste, onde chega a 66 pontos. Seu calcanhar de Aquiles ainda está no topo da pirâmide, entre eleitores das classes A e B (39 pontos) e evangélicos (43), conforme o levantamento.

Isso mostra o acerto de algumas decisões do governo e a necessidade de implementação de outras, pois não é prudente descuidar de nenhum flanco, como experiências recentes nos mostram. Um segmento social majoritariamente descontente pode desaguar em crise.

O ponto de inflexão para muitas decisões e planos do governo deve ser a aprovação final da reforma tributária e do arcabouço fiscal, quando ficará mais claro o tamanho do Orçamento, a reação dos mercados, o novo cenário econômico e o quanto poderá ser gasto em programas essenciais.

Mas não deixa de ser relevante o fato de que em seis meses Lula conseguiu apresentar resultados que estimulem a volta da confiança. De carona, ressuscita o Congresso e todo o universo político, cujos índices são recorde neste ano.

O índice de confiança no Congresso, que pisou no fundo do poço em 2017 e 2018, com 18 pontos, agora está em 40 pontos. É preciso observar que se trata da instituição historicamente com os menores indicadores de confiança, por motivos diversos, alguns bem óbvios. Mas sob Lula retoma o status. É a volta da política.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

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