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Aqui e ali ainda se vê uma tentativa de desestabilização do governo, com dados que podem causar impacto negativo que nunca se confirmam ou pessimismos patrocinados por interesses específicos, de forma a querer influenciar no preço de produtos e cotações.
Porém, dados concretos de mudanças na economia prevalecem. É nesse contexto que economistas projetam que o grupo alimentação no domicílio pode ter a primeira deflação em seis anos, na esteira do arrefecimento dos preços de alimentos in natura e de carnes, além da supersafra de soja e da relativa normalização do mercado de trigo.
No acumulado de 12 meses, no IPCA o grupo chegou a subir 17,5%, em julho de 2022, mas em junho agora marcou perda de 2,9%.
Segundo especialistas, ainda há algum risco para esse cenário, como os efeitos do El Niño e a tensão na guerra na Ucrânia, que poderia impor alta de preços do trigo, mas é quase certa a deflação neste ano, pois esses entraves teriam efeito em 2024.
O setor imobiliário também traz perspectivas que mostram a prioridade do governo: as incorporadoras deverão apresentar no balanço do segundo trimestre resultados positivos alavancados pela venda de imóveis voltados à baixa renda.
As condições de compra para empreendimentos de médio e alto padrão estão mais difíceis e ainda assim o trimestre foi melhor do que o esperado, graças à ênfase na baixa renda, segundo prévias de analistas do mercado.
O segmento para baixa renda foi mais uma vez destaque, com empresas ampliando lançamentos e vendas. Mesmo quem reduziu lançamentos apresentou alta de 48% nas vendas líquidas na comparação com o segundo trimestre do ano passado.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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