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A estratégia do presidente do Banco Central é de nos tornar repetitivos, além de nos sufocar. A cada dia aprecem mais sinais da perversa política monetária que ele adotou.
Segundo o Sinpi, sindicato das pequenas e microindústrias, o número de empresas do setor que fizeram consultas para obter empréstimo bancário cresceu para 17% no bimestre abril-maio, ante 11% no período anterior. Mas, por causa da Selic “galopante”, 46% tiveram o pedido rejeitado.
Já a demanda de consumidores por crédito teve retração de 12,5% no primeiro semestre. Por causa da alta dos juros, trata-se do maior recuo da série histórica iniciada em 2008.
A perversidade fica mais evidente no detalhamento dos dados, que indicam recuo generalizado, mas atingindo especialmente os mais pobres, com recuo de 14,4%.
Não é à toa, portanto, que os pedidos de renegociação de dívidas de pessoas físicas tenham aumentado quatro vezes nesta semana, graças ao Desenrola.
Também não é por outra razão que começa na segunda-feira o Renegocia!, mutirão de ações da Senacon para negociação de dívidas envolvendo 900 Procons, Defensorias e Ministérios Públicos em todo o País. O novo programa não impõe limite de renda ou valor da dívida, como o Desenrola, e não estará restrito à dívida bancária, incluindo passivos com o comércio e concessionárias de serviços públicos.
São alternativas buscadas para contornar o sufoco causado pelos juros altos. Como disse o ministro Fernando Haddad, estamos pagando juros reais de 10% ao ano, a mais alta taxa real do mundo, e é preciso apontar o responsável, pois o País não suporta mais isso.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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