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Os repórteres Adriana Fernandes e André Borges, ex-Estadão, foram anunciados como concorrentes ao Prêmio Gabo de Jornalismo pela revelação das histórias das joias da ditadura da Arábia Saudita enviadas ao miliciano.
Trata-se de uma tradicional premiação da Fundação Gabo, criada por jornalistas e escritores na Colômbia para promover o jornalismo de qualidade na América Latina e defender os profissionais do setor contra violências e censuras.
Assim que a informação dos escolhidos veio a público, nesta quinta-feira, a editora de política do Estadão, Andreza Matais, tentou surfar na onda. Correu às redes sociais para dizer que o jornal concorria ao prestigiado prêmio. Foi hipócrita e mentiu.
O prêmio não é exatamente para o veículo, mas para o jornalista. Além disso, Andreza Matais é recém-chegada ao jornal, e sua primeira missão foi demitir André Borges, exatamente porque ele fez as revelações que comprometeram o miliciano. O Estadão não gosta de jornalismo, e Andreza Matais concordou com isso.
O post da editora no Twitter foi bombardeado por respostas lembrando que ela demitiu o repórter e agora queria tirar proveito da possibilidade de ele ganhar o prêmio. A reação de Matais foi bloquear todo mundo. Além de não gostar de jornalismo, ela não suporta a verdade.
Matais parece ter ficado aturdida. À noite, voltou às redes sociais para citar seis frases de autoajuda, todas começando com “Deus”. Implicitamente estava se referindo aos justos ataques que sofreu, mas em nenhum momento esclareceu o caso ou justificou a demissão de André Borges.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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