//FERNANDO PESCIOTTA// Por que o “Faz o L” atiça as redes



A terça-feira (16) começou e acabou com boas notícias para os brasileiros, motivando o usuário da rede social a bradar o slogan “faz o L”, assunto mais comentado na manhã desta quarta-feira (17).

Logo cedo, a Petrobras confirmou a promessa de campanha do presidente Lula e anunciou a mudança na política de preço dos combustíveis.

Poucas horas depois, a estatal anunciou também a redução de preço do diesel e da gasolina. Jornais tentam minimizar os efeitos na inflação, mas o que interessa é a sensação do consumidor e o papel político do cumprimento de promessa.

Mesmo que ainda estivesse na antiga política de manter a paridade com a cotação internacional, havia boa margem para a queda do preço, que estava mais alto internamente do que no mercado global.

O mercado financeiro parece ter entendido isso, embora a mídia insista em dizer que a alta das ações da Petrobras na Bolsa foi reação à convicção de que a nova política de preço dos combustíveis é “ruim”, mas “poderia ser pior”. Então, tá.

Outra boa notícia veio para fechar o dia, já no começo da noite: por unanimidade, o TSE concordou com a tese apresentada pelo PT, PV e PCdoB, partidos que dão sustentação ao governo Lula, além do PMN, e cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol.

Na verdade, o tribunal impugnou a candidatura do ex-coordenador da Lava Jato, o que resultou na cassação do mandato, por entender que ele fugiu de processo do Conselho Nacional do Ministério Público ao pedir exoneração do cargo. Deltan respondia a 15 processos e seria punido pelos malfeitos na Lava Jato, o que o tornaria inelegível.

A aposta em Brasília é que Sergio Moro será o próximo e seguirá o mesmo caminho de volta para casa.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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