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Numa rede social lançada dia 12 deste mês, incentivadores de massacres em escolas exaltam Adolf Hitler, debocham da polícia e abrem vaquinhas para financiar ataques a instituições de ensino. E, pior, tem gente que está dando dinheiro para esses assassinos nazistas.
Usuários publicam imagens com símbolos nazistas e culpam o bullying pelos ataques às escolas.
A revelação do jornal Folha de S. Paulo é estarrecedora. Não só pelo conteúdo, mas pela verificação dos requintes tecnológicos e o acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento da plataforma. Só o programa utilizado na criação da rede custa pelo menos US$ 700.
Evidencia-se que não se trata de uma iniciativa juvenil. É uma bem estruturada rede para amedrontar parcela significativa da sociedade, deixando o País em constante tormento. Tem estruturação e organização muito semelhantes ao que vimos no gabinete do ódio e na campanha eleitoral de 2022.
Na página de apresentação, a rede se diz “comprometida com a liberdade de expressão”, argumento usado por ativistas de extrema-direita na campanha eleitoral para defender a propagação de fake news.
Desafiadora, a rede assegura que por defender a “liberdade de expressão” não derruba conteúdo por mandados judiciais.
Paralelamente, a oposição de extrema-direita quer barrar trecho do Projeto de Lei das Fake News que obriga a retirada da publicação e responsabilização da plataforma que não inibir a propagação de fake news e atentados.
É espantoso também ver jornalistas e veículos de comunicação achando que o PL das Fake News pode ser uma censura. Acho que eles não entenderam a dimensão do que está acontecendo. São inocentes ou ignorantes, mas devem ser deixados de lado.
Que se aprove o projeto de lei e que a polícia seja colocada no encalço desses nazistas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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