//FERNANDO PESCIOTTA// À espera de explicações de um ladrão



Esta quarta-feira (5) deve ser marcada pelo depoimento do miliciano e nove outras pessoas, a maioria militares, que o assessoravam no governo. Eles terão de dar explicações à Polícia Federal sobre o roubo de joias enviadas pelos árabes. Tiraram do patrimônio da União para incorporar no patrimônio pessoal, na linguagem de ladrão com advogado.

Infelizmente, o processo jurídico e as leis brasileiras praticamente impedem que ele saia da sede da PF em Brasília algemado em direção à Papuda. Mas esse ainda pode ser seu destino. Afinal, o chefe da quadrilha tem muito mais a explicar.

Foram muitos os crimes cometidos ao longo dos quatro anos em que fez o Brasil viver o inferno. Por exemplo, precisa dizer claramente o que mandou o então ministro Alexandre Torres fazer para evitar a vitória de Lula e, depois, sacramentada a eleição do petista, para sustentar a possibilidade de um golpe.

O que se sabe até agora é que Torres esteve na sede da Polícia Federal na Bahia dias antes do segundo turno. Ele já havia pedido um mapa de votação do primeiro turno para localizar os colégios eleitorais mais favoráveis a Lula e, então, determinar que essas regiões fossem alvo de ações policiais. Seu objetivo era evitar que os eleitores chegassem às urnas de votação.

Como consequência, o que vimos foi uma ofensiva inédita da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste no dia da votação do segundo turno. Para isso, o efetivo da PRF foi 25% maior do que no primeiro turno, envolvendo 16.050 agentes, cuja diária extra foi paga com recursos públicos.

Dinheiro público serviu também para pagar lanches e outros alimentos na campanha do genocida. O cartão de crédito da Presidência, sustentado com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros, gastou ao menos R$ 750 mil só com esses itens em viagens de campanha. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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