//FERNANDO PESCIOTTA// Vantagens de não ir à China



O cancelamento da ida do presidente Lula à China abre espaço para acelerar a decisão sobre a proposta de novo arcabouço fiscal, o que pode acontecer ainda nesta semana.

Essa possibilidade cresce porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também suspendeu a ida ao país asiático, visando dar andamento às discussões sobre seu plano.

Por recomendação médica, Lula nesta semana deverá ficar no Palácio do Alvorada, apenas com agenda interna.

Haddad diz que novas informações sobre a proposta serão apresentadas ao presidente para então marcar a dada do anúncio.

De qualquer forma, Lula contava com a viagem para se projetar em temas globais, como a guerra na Ucrânia, ampliar sua liderança entre empresários ao ampliar os negócios com o gigante asiático e tirar de cena o imbróglio envolvendo o ex-juiz.

Essa tentativa de criar uma agenda positiva e tirar o presidente de sensibilidades deve dar gás ao arcabouço fiscal, até aqui tratado com desdém pela área política do governo.

Outra frente nessa estratégia podem ser anúncios na área social. Caminhando para os 100 dias de governo, o Planalto quer acelerar iniciativas como o revigoramento do Nossa Casa, Nossa Vida, que deverá reduzir o valor de entrada para os mais pobres, e trazer à tona dados muito positivos sobre o novo Bolsa Família.

Economistas ouvidos pela imprensa asseguram que o programa de renda deve tirar mais de 3 milhões da condição de extrema pobreza neste ano, situação para a qual foram levadas no governo do miliciano.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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