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O tempo tem se transformado num acúmulo de razões pelas quais Bolsonaro não queria perder a eleição. Não se trata apenas de perder a primazia de tomar decisões equivocadas, mas deixar espaço para a descoberta e comprovação de seus crimes.
A mais recente revelação é de que sob o genocida o Ministério da Saúde desperdiçou 39 milhões de vacinas contra a covid-19. Jogou no lixo R$ 2 bilhões e ao não dar destino aos imunizantes, ajudou efetivamente na elevação do número de mortos na pandemia.
Sem falar na campanha pública para criar desconfiança quanto à segurança vacinal, o que levou parcela da população a até hoje questionar a efetividade da imunização para covid e outras doenças.
O genocida, o então ministro Marcelo Queiroga e sua equipe, sabiam do crime que haviam cometido. Tanto assim que no período de transição omitiram os dados sobre o estoque de vacinas no ministério.
Ainda nesta terça-feira (14), o jornal O Globo revelou que a Agência Brasileira de “Inteligência” (Abin) comprou, em 2019, um programa secreto de Israel que possibilitava ao governo do genocida bisbilhotar a vida de milhares de adversários políticos ao mesmo tempo. A tecnologia permitia monitorar, localizar e saber com que a pessoa falava. Mais uma comprovação do Estado policialesco nazista.
Quanto mais o tempo passa, mais vêm à tona os malfeitos da gestão anterior. São diamantes roubados, massacre de populações originárias, uso da Receita Federal para invadir dados sigilosos de adversários, investigações ilegais, vacinas jogadas no lixo, gastos ilegais no cartão de crédito e tantos outros crimes que motivaram uma gastança desenfreada às vésperas da eleição para tentar evitar a derrota, deixando uma herança maldita que está sendo paga não pelo novo governo, mas por toda a sociedade.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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