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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
O PIB de 2022 avançou 2,9%, mas o que se sobrepõe é a queda de 0,2% no último trimestre do ano, dado que acende o alerta do governo e ratifica o acerto na pressão pela queda dos juros.
O recuo no último terço do ano confirma a trajetória de desaceleração da economia e da tendência a ser mantida neste primeiro semestre. No fim do ano, o setor de serviços mostrou que já tinha ficado para trás o efeito da reabertura da economia após a pandemia.
Além disso, em 2022 o PIB cresceu também artificialmente. Em boa parte, a expansão se deve aos estímulos dados pelo genocida em sua insana tentativa de ganhar a eleição.
De política econômica mesmo, só desastre. Aconteceu em 2022 o que o ministro Fernando Haddad (foto) não quer que aconteça agora, uma descoordenação entre as políticas monetária e fiscal. Enquanto o governo dava incentivos ao consumo, o BC elevava os juros para conter a inflação. O resultado foi uma aceleração das taxas para além do necessário.
Fernando Haddad diz que o crescimento perdeu fôlego por causa dos juros e volta a defender a harmonia entre as políticas monetária e fiscal.
Mais duro e enfático, o presidente Lula dispensou intermediários ao dizer que o País não pode ser “refém de Campos Neto”, se referindo ao presidente do BC, “que não foi eleito e não compreende os juros em 13,75%”.
Alguns jornalistas mais bobinhos, da seita do deus mercado, expuseram que as falas de ministros e de Lula fizeram elevar a taxa de juros futuros. Chegou-se a um ponto que o Poder Executivo não pode nem se manifestar sobre o que entende ser um exagero de juros.
Em muitas frentes o governo Lula vem impondo mudanças relevantes. Esta terá de ser mais uma. A queda de braço apenas começou.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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