//FERNANDO PESCIOTTA// Oportunidade de ouro



A quebra do Silicon Valley Bank acendeu um grande sinal de alerta no mundo financeiro, a ponto de operadores, analistas e empresários passarem a cogitar com mais concretude uma mudança na política monetária que levaria à queda dos juros mais cedo do que se imaginava.

Os efeitos práticos da crise é um temor de que se repita o caos que os yuppies criaram em 2008, a partir da bolha financeira que eles inventaram na tentativa de ganhar muito dinheiro rapidamente.

Em 2008, a situação se alastrou em forma de profunda recessão e desemprego em várias partes do mundo, com epicentro nos EUA.

Para analistas, a quebra do SVB pode não ter a mesma intensidade, mas cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Assim, estão ampliando as pressões para que os bancos centrais, especialmente do Brasil e dos EUA, revejam a política monetária centrada na alta dos juros para fazer frente à inflação.

O cenário mudou desde sexta-feira (10). Rapidamente, o ministro Fernando Haddad aproveitou o espaço para novamente cobrar a queda dos juros. Segundo ele, a robustez do sistema financeiro nacional dá ao Brasil oportunidades maiores e mais consolidadas para acabar com o arrocho provocado pelas taxas elevadas.

Se o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisava de uma boa desculpa para refazer rotas, deveria mandar uma garrafa de vinho sem trabalho escravo com uma mensagem de agradecimento aos péssimos gestores dos bancos dos EUA.



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