//FERNANDO PESCIOTTA// Ladrão das Arábias



A história ainda está mal contada, tem muito podre por vir à tona. Mas a cada dia fica mais claro até para os incautos apoiadores que o mito se lambuzou no poder. Roubou até não poder mais.

Como bom miliciano, achou um caminho que vislumbrou ser uma ideia de gênio do submundo. Nada de doações em dinheiro, rastreáveis. Depósitos na conta de laranjas também eram encontrados, dariam sujeira. Mas joias, quem vai saber? Genial, vou pedir minha parte em joias.

Desde sexta-feira (3), repercute na imprensa e nas redes sociais a revelação de que o genocida pressionou a Receita Federal para liberar joias avaliadas em R$ 16,5 milhões “doadas” pela ditadura sanguinolenta da Arábia Saudita e trazidas ao Brasil ilegalmente.

Até três dias antes de fugir para os EUA, em dezembro, o miliciano tentou liberar as joias, o que inclui uma viagem do ajudante de ordens num avião da FAB, pago com dinheiro público, a São Paulo para pressionar agentes da Receita Federal que fizeram a apreensão do contrabando.

Outro lote de joias enviadas pelo governo árabe foi entregue ao miliciano em novembro, conforme comprovado por recibo oficial.

Bolsonaro é um ladrão, sempre se soube disso por causa dos desvios de verbas públicas num esquema apelidado de “rachadinha”. Mas se agora sabemos que nesse caso das joias estamos falando de um desvio de R$ 16,5 milhões, imagine-se o que ainda não foi descoberto.

Quantos tríplex do Guarujá poderiam ser comprados com R$ 16,5 milhões? Quantos pedalinhos do sítio de Atibaia?

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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