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O Banco Central “autônomo” deu mais uma demonstração de conservadorismo, espírito corporativista e de insensibilidade com as reais necessidades do País. Mesmo economistas mais abertos às chamadas percepções de mercado consideram o arrocho exagerado.
A despeito das pressões do governo, de economistas e setores produtivos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve inalterada a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.
A taxa acumula alta de 11,75 pontos porcentuais desde março de 2021, para o maior nível desde 2016. Descontada a inflação, significa que o Brasil tem o maior juro real do mundo, de 6,94%.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a decisão. “Daqui a pouco vai começar a dar problema nas empresas”, disse.
E como tudo que está ruim pode piorar, o Copom ainda sinaliza a possibilidade de novas altas no futuro próximo.
O consumidor já reage aos juros altos. Mesmo aqueles de maior poder aquisitivo sentem os efeitos das taxas absurdas. Há dois anos e meio, 70% das vendas de carros no Brasil eram a prazo. Neste mês, 70% das compras foram à vista e 30%, a prazo, dado o alto custo do financiamento por causa dos juros estratosféricos.
O consumidor desapareceu, constata e lamenta o presidente da Anfavea, que congrega as montadoras de veículos.
Junte-se a isso a crise trazida por casos como das Americanas e do Credit Suisse, impondo um cenário de dificuldades no crédito. O governo Lula desenha um pacote para desviar dessa armadilha, porque se depender do Banco Central de Roberto Campos Neto, vamos para um buraco ainda mais profundo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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