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Quem não conhece o presidente Lula e o PT ou estava mais disposto a promover fofocas e divergências apostava numa confusão que resultaria no enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A questão era saber como se desvencilhar da herança maldita da desoneração dos combustíveis, se o presidente optaria pelo fim da desoneração dos combustíveis, como previsto na MP em vigor, ou editaria nova medida prorrogando a isenção, o que só beneficia a classe média.
Em reunião realizada nesta segunda-feira (27) com ministros e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, Lula se decidiu pelo equilíbrio das contas, que lhe trará mais conforto do que eventual estabilidade irreal dos preços dos combustíveis agora.
A decisão levará em conta inovações até agora bem recebidas pelo mercado financeiro e analistas, econômicos e políticos. A primeira delas é que a taxação volta ao que era no caso dos combustíveis fósseis (gasolina e diesel) e será mais suave para o biocombustível (etanol). É ordem da sustentabilidade que tem norteado a gestão.
Essa medida terá impacto relevante também no preço da gasolina. O produto vendido ao consumidor nas bombas tem 25% de etanol anidro. Ou seja, 25% da composição de preço da gasolina vem do etanol.
A segunda mudança é no próprio preço dos combustíveis. O ministro Fernando Haddad observa que pode haver uma contribuição da Petrobras no desenho que o governo busca para reonerar os combustíveis. A participação da companhia respeitará o Preço de Paridade Internacional (PPI) e ocorrerá dentro da política de preços.
A questão é que o preço atual está acima da cotação internacional, deixando um “colchão” para manobrar o valor a ser colocado nas bombas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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