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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem várias frentes de batalha, que vão exigir esforço, cabeça fria e apoio.
As três principais, que provavelmente vão definir o sucesso do governo nos próximos anos, são a revisão da meta de inflação, para evitar desestímulo econômico, a reforma tributária, que dê nova bússola para os investimentos, e o novo arcabouço fiscal, para assegurar a previsibilidade.
Haddad informou que provavelmente em março vai anunciar o novo arcabouço fiscal, a “regra fiscal adequada para o País” e substituto do teto de gastos, mecanismo que não é usado em nenhum lugar do mundo.
Pelo acordo feito com o Congresso para a aprovação do novo limite de gastos em 2023 e 2024, o governo tem até agosto para apresentar o modelo de regra fiscal, mas está antecipando para dar espaço às discussões e atrair consenso.
Para a revisão da meta de inflação, motivo de nervosismo de agentes do mercado financeiro mais afoitos e arraigados a velhos dogmas, o governo atraiu o apoio de ao menos três economistas influentes na Faria Lima.
Diante de um Haddad lembrando que nenhum país atingiu a meta em 2022, em evento de um grande banco, Rogério Xavier, da SPX Capital, fez a defesa mais incisiva da revisão, seguido de Luís Stulhberger, do Fundo Verde, e André Jakuski, da JGP Capital.
Para Xavier, as metas foram definidas antes do choque inflacionário da pandemia e da guerra na Ucrânia, que mudaram “completamente” o cenário. Por isso, não faz sentido o BC impor juros “elevadíssimos” para buscar uma meta de inflação de 3% ao ano.
Para as reformas, a equipe econômica parece contar com ajuda da área política, mas Haddad e o Planalto precisam se preparar para as bordoadas que virão a partir da revelação feita pela Folha.
Segundo o jornal, o governo selou acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para ele transferir verbas de ministérios a 219 novos deputados. Cada um deles poderá usar R$ 13 milhões, basicamente recursos das sobras de emendas de relator.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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