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A disputa pelo comando do Hospital Santa Rosa de Lima deverá refletir a rivalidade entre os dois principais grupos políticos da cidade. Pelo menos duas chapas devem concorrer em abril às eleições para a renovação da diretoria da Associação Santa Casa de Misericórdia de Serra Negra, mantenedora do hospital.
A chapa da situação, encabeçada pelo atual provedor do hospital, Renato Cazotto, tentará a reeleição com o apoio informal de políticos ligados ao grupo do prefeito Elmir Chedid (União Brasil).
A chapa da oposição deverá contar com o apoio, também informal, de políticos e correligionários de Marco Bueno (Republicanos), candidato derrotado nas eleições para prefeito em 2020 e nas eleições para deputado estadual em 2022.
Dois meses antes das eleições, apoiadores da chapa da oposição contestam o processo eleitoral. O argumento é que o atual provedor teria incluído de forma irregular mais de 20 novos associados para garantir os votos necessários para a sua reeleição.
Cazzoto nega ter realizado uma manobra para ampliar sua vantagem nas eleições. O provedor garante que os nomes dos novos sócios foram adicionados em outubro de 2022, o que contaria como data de filiação e garantiria o prazo de seis meses necessários para adquirir o direito de participação nas eleições.
A aprovação pela diretoria dos novos associados ocorreu na reunião da diretoria em dezembro. Cazzoto negou qualquer apoio da prefeitura à sua chapa, mas garante que tem trabalhado em sintonia com a Secretaria Municipal de Saúde em especial depois que a prefeitura ampliou os repasses mensais para a instituição.
Integrantes do grupo político de Marco Bueno consultados pelo Viva! Serra Negra preferiram falar sobre o assunto de forma anônima. Eles admitem que o grupo está se articulando para formar uma chapa de oposição para concorrer às eleições.
O principal argumento é que os novos associados não poderiam participar das eleições porque não teriam cumprido o tempo necessário de seis meses de filiação para obter o direito de voto.
Eles consideram que o prazo de seis meses deve contar a partir da aprovação dos nomes pela diretoria, não começar a valer na data de filiação. A chapa da oposição deverá contar com o apoio de políticos da oposição e poderá ter representantes de empresas que prestam serviços médicos ao hospital.
Há uma tentativa de composição de uma chapa como terceira via. Cazzoto, no entanto, considera inviável a composição de três chapas para a disputa. Não há, segundo ele, número de associados suficientes para isso. Cada chapa precisa de pelo menos oito nomes.
O Viva! Serra Negra enviou à assessoria de imprensa da prefeitura um questionamento para saber se ela vai manifestar apoio a alguma das chapas, mas não obteve resposta. A administração municipal é a principal fonte de recursos do hospital, para o qual repassou em 2022 cerca de R$ 1 milhão mensais para a manutenção do Pronto Socorro.
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