//FERNANDO PESCIOTTA// Esta semana pode definir o futuro de Lula



Esta semana de volta às aulas terá decisões importantes na economia e na política. Na quarta-feira, 1º de fevereiro, deputados e senadores eleitos em 2022 tomam posse e no dia seguinte escolhem os presidentes da Câmara e do Senado.

Ainda na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central autônomo anunciará o que vai acontecer com a taxa básica de juros, com tendência de manutenção dos 13,75% ao ano.

O foco prioritário da semana, porém, é mesmo a política. A abertura do ano legislativo embute a definição de comportamento da base aliada do governo. A eleição para o comando das duas Casas já será um indicativo das articulações para composição das bancadas governista e de oposição.

Tudo indica que Arthur Lira será reconduzido ao comando da Câmara com larga vantagem de votos. Talvez bata o recorde do período democrático. Seu opositor, Chico Alencar (PSOL), visa apenas marcar posição.

No Senado a disputa promete ser mais acirrada. Rodrigo Pacheco, atual presidente, quer se manter no cargo com o apoio da base lulista. Tem pela frente a candidatura de Rogério Marinho, que chega para seu primeiro mandato contando com os votos de senadores de extrema-direita, aliados do antigo governo.

A eleição para a mesa diretora da Câmara e do Senado é importante para Lula. Ela será um indicativo do poder de fogo do governo, que precisará do apoio do Congresso para aprovar reformas vistas como fundamentais para o sucesso do projeto de Lula.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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