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O presidente Lula se reúne nesta sexta-feira (20) com os comandantes militares. A expectativa é de que o encontro sacramente o fim da crise institucional das três Forças e estabeleça a relação constitucional com o Executivo, tendo o presidente o poder de chefe supremo das Forças Armadas.
Segundo relatos de ministros e de militares, os comandantes concordam com a punição a fardados que tenham cometido crime ao atentar contra a democracia e/ou tenham participado direta ou indiretamente dos ataques terroristas do dia 8. Esses militares atuam em aliança com empresários ligados a atividades predatórias. São, portanto, duplamente criminosos.
A partir daí, Lula repetirá a lista de atribuições dos militares e lhes apresentará um programa de ações e de investimentos. Ficará claro que os militares devem ser profissionais, sem se envolver com política, principalmente com política partidária.
Muito se tem falado sobre as semelhanças entre o nosso 8 de Janeiro e o 6 de Janeiro dos EUA, quando os terroristas de Donald Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir a posse de Joe Biden.
Há, porém, uma diferença importante, pouco salientada pela mídia brasileira. Às vésperas do atentado, o comandante das Forças Armadas dos EUA deixou claro que exerceria seu papel constitucional e defenderia a democracia e o respeito ao resultado eleitoral. Aqui, não se ouviu um pio dos comandantes militares em defesa da legalidade.
Com punição a militares bandidos, Lula espera olhar para a frente, superar a crise definitivamente e empregar energia nos projetos do governo. É hora de deixar as investigações e punições a cargo da Justiça, o que inclui no mínimo a inelegibilidade do miliciano.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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