//CIDADE// População será consultada sobre Zona Azul; ciclovia está descartada



A prefeitura deverá realizar uma consulta pública para saber se a população aprova ou não a adoção do estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul, nas ruas centrais da cidade. Mas o tema só será discutido quando o Executivo começar a elaborar o Plano de Mobilidade e Acessibilidade do município. A prefeitura não tem previsão de quando isso deverá ocorrer.

Essa foi a resposta do prefeito Elmir Chedid ao pedido feito ao Executivo, no ano passado, pelo Conselho Municipal de Turismo (Comtur), para que efetuasse um estudo sobre a possibilidade da instalação da Zona Azul na cidade.

A resposta do prefeito à solicitação só foi apresentada na semana passada, pelo secretário de Meio Ambiente Urbano, Wanderlei Lona, durante a reunião mensal do Comtur. Lona explicou que o tema Zona Azul é da competência do Plano de Mobilidade e Acessibilidade, que só será discutido depois de aprovado o projeto de lei do novo Plano Diretor, que deverá ser encaminhado à Câmara Municipal em fevereiro.

Os integrantes do Comtur avaliam que o estacionamento rotativo, além dos bolsões, é a melhor solução para o problema de trânsito e para a falta de vagas para os carros no centro da cidade. Em sua gestão anterior, no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, Chedid tentou, sem sucesso, adotar a Zona Azul. A população se manifestou contrária à iniciativa.

Na avaliação dos conselheiros de turismo, essa situação mudou e a maioria dos moradores e turistas seria atualmente favorável ao estacionamento rotativo. Eles argumentam que algumas consultas à população realizadas em sites das redes sociais do município indicam essa mudança na opinião pública. 

Algumas consultas, no entanto, mostram que a situação está praticamente empatada e que entre os comerciantes também há divergência de opiniões. "Para decidir a Zona Azul terá de ter uma votação pública", disse Lona. 

Sem ciclofaixas

A prefeitura considera difícil incluir no Plano de Mobilidade e Acessibilidade um projeto de construção de ciclofaixas, áreas da calçada ou pista delimitadas por sinalização destinadas exclusivamente à bicicletas.

O argumento é que as ruas da cidade são estreitas e não comportam ciclofaixas. "Serra Negra é um local complicado para ter ciclofaixa, porque as ruas são estreitas e não há avenidas largas para adaptar isso", afirmou Lona.

Praticantes do esporte reivindicam pelo menos a construção de uma ciclofaixa na Praça Sesquicentenário, que poderia ser interligada ao Recinto de Exposições Casco de Ouro pela Avenida Juca Preto. 

O secretário de Esportes, Danilo Mainente, considera inviável o uso de ciclofaixas em Serra Negra como medida de mobilidade urbana. Para o secretário, a dificuldade é interligar as ciclofaixas. "A gente faz um isolamento na Praça Sesquicentenário, que, para a mobilidade urbana, teria de ser ligada em outra ciclofaixa." Mainente avalia que só seria possível criar ciclofaixas para treinamento, não para mobilidade urbana.  



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