//CARLOS MOTTA// Serra Negra, as redes sociais, o ódio e a fraternidade

Marcelo Camargo/Agência Brasil



As redes sociais são implacáveis. Desnudam de forma inequívoca o interior, a alma das pessoas. Expõem cruamente a personalidade delas, seus gostos, suas idiossincrasias, seus medos, virtudes e defeitos.

No Brasil, as redes sociais viraram um campo de batalha desde que os fascistas começaram a usá-las para disseminar na sociedade as mentiras, o ódio e o preconceito, em busca da destruição da ordem social garantida pela Constituição de 88.

Os acontecimentos deste domingo, 8 de janeiro de 2023, em Brasília, uma tentativa tabajara de tomada do poder via golpe de Estado, com cenas de barbárie nunca antes vistas na história do país, são a culminância de uma série de atos golpistas inspirados por forças estrangeiras que sustentam e controlam fantoches toscos em solo nacional.

Na pequena e aparentemente pacífica Serra Negra, como em todo o mundo, as redes sociais igualmente refletem a alma de seus integrantes. São elas que permitem à comunidade identificar quem é democrata, quem é fascista, quem vê o mundo sob a óptica da fraternidade e quem vive para explorar seu semelhante, movido pela ganância.

E essas redes sociais têm, nos últimos dias, ajudado muito a revelar quem é quem na comunidade serrana, quem vive sob os valores que sempre guiaram a cidade, num ambiente de "convivência fraterna e solidária de pessoas e famílias de diferentes origens e formações", descrito pelo mais ilustre filho de Serra Negra, o eminente jurista Dalmo de Abreu Dallari, e quem vive imerso no fundo poço do ódio e ressentimento.

Numa sociedade democrática todos têm o direito de expressar suas opiniões - a Constituição brasileira assegura a liberdade de pensamento. Não é permitido, porém, pregar a subversão da ordem pública e a destruição do Estado de Direito - em outras palavras, a tomada do poder que não pelas vias constitucionais.

Quem assim se utiliza das redes sociais para tal fim é um criminoso. 

Da mesma forma, como ocorrido no ano passado, é inadmissível que vereadores usem a tribuna da Câmara Municipal para ofender o atual presidente da República - na época candidato - e os simpatizantes de seu partido político - além de propagar mentiras e calúnias.

Pessoas como essas fazem mal à comunidade. Nem Serra Negra, nem o Brasil, suportam mais essas manifestações explícitas de quebra da ordem constitucional e de incitação ao crime. 

Já passou da hora de dar um basta ao vale-tudo que a horda fascista tenta impor ao país - e a Serra Negra. 

Eles são criminosos e como criminosos devem ser tratados.

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Carlos Motta é jornalista profissional diplomado (ex-Estadão, Jornal da Tarde e Valor Econômico) e editor do Viva! Serra Negra



Comentários

  1. Concordo plenamente serra negra está amarrado ao coronelismo e a maioria apoia o racismo

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  2. Parabéns pelo artigo! Serra Negra precisa entender que democracia é respeito à vontade majoritária dos cidadãos!

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