//CIDADE// Ficou mais difícil vender o prédio do Grande Hotel Serra Negra



A nomeação do ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto para diretor-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur)  pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a menos de 50 dias do término de seu mandato, torna ainda mais nebuloso o destino do imóvel onde funcionou o Grande Hotel Serra Negra.

A Embratur é detentora de pelo menos 16% do imóvel, o que dificulta sua venda pela Serra Negra Empresa de Turismo (Senetur), proprietária majoritária, com 84% de participação. 

A expectativa do prefeito Elmir Chedid e da Secretaria mMnicipal de Turismo era conseguir a transferência dos 16% de participação da Embratur no imóvel para a Senetur até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Aliado de Bolsonaro, conhecido por tocar sanfona em algumas lives do presidente, Manchado Neto deixou o Ministério do Turismo para concorrer ao Senado por Pernambuco, mas perdeu a disputa para a pedagoga Teresa Leitão (PT).

A decisão sobre a manutenção de Machado no cargo a partir do ano que vem caberá ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem a prerrogativa de exonerar presidentes de autarquias. 

A transferência dos 16% de participação da Embratur vinha sendo discutida pela prefeitura com a equipe do ex-presidente da agência, Silvio Santos do Nascimento, desde meados de abril. A negociação contava com o apoio do secretário estadual de Turismo e Viagens de São Paulo, Vinicius Renê Lummertz Silva, que também deixará o cargo com a derrota do governador Rodrigo Garcia (PSDB) e a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Acredito que a nomeação de um presidente no apagar das luzes vai impedir que se tome uma definição para o problema", afirmou o líder do governo na Câmara Municipal, Beraldo Cattini. 

O prédio do Grande Hotel Serra Negra se encontra em avançado processo de deterioração e tem sido alvo de reclamação de moradores da região.

Síndicos de sete edifícios localizados na Rua Cristo Redentor, alertam para os  riscos de proliferação de mosquitos da dengue devido à água parada da piscina do hotel. A situação deve se agravar  no período de chuvas, se a prefeitura não tomar providências.

Os síndicos reivindicam maior segurança no local, que vem sendo utilizado por usuários de drogas e pedem conserto das calçadas. As reclamações e reivindicações foram encaminhadas à prefeitura por meio de requerimento aprovado na sessão da Câmara Municipal de 5 de dezembro.

Na sessão da Câmara de 24 de outubro, o presidente da Câmara César Augusto Borboni, o Ney, que deixará o cargo nesta segunda-feira, 12 de dezembro, informou que o prefeito Elmir Chedid procurava investidores interessados na compra do Grande Hotel Serra Negra. Ney estimou um investimento de cerca de R$ 45 milhões para tornar viável seu funcionamento.

“Tem de conseguir em primeiro lugar esses 16% que faltam”, disse Ney na ocasião. Nenhum investidor, ele ressaltou,  vai se interessar em investir R$ 45 milhões sem ter a propriedade integral do imóvel.

Beraldo pediu ajuda aos políticos da cidade que têm acesso ao governador eleito Tarcísio de Freitas  para intermediar as negociações com o próximo secretário de Turismo de São Paulo. Ele solicitou ainda aos vereadores que tentem contato em Brasília com representantes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar uma solução.

A venda do hotel, no entanto, não é a única alternativa para a utilização do imóvel apontada pela população. Além da transformação do local em uma escola de turismo, alguns munícipes reivindicam a construção de um hospital no local. 

A vereadora Anna Beatriz Scachetti informou que chegou a fazer uma enquete entre seus seguidores nas redes sociais para saber qual é o destino que pretendem dar ao imóvel. A maioria teria reivindicado o uso do imóvel para a instalação de um hospital. 

Comentários

  1. Um hotel escola seria fantástico, profissionalizar mão-de-obra, melhorar o nível de atendimento administração da nossa rede hoteleira, capacitar nossos jovens para uma vida mais digna em sua cidade natal, ao invés de se aventurar e se perder nas cidades grandes!
    O SENAC deveria ter sido procurado logo após a desapropriação, calculem o prejuízo que o abandono desse prédio está custando aos cofres do município? Talvez já tenha ultrapassado o valor da dívida em questão!

    ResponderExcluir
  2. Marcelo Freixo, será o futuro Presidente da Embratur

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.