//FERNANDO PESCIOTTA// Paquita da ditadura



Integrantes da extrema-direita que tomaram de assalto o Planalto desde 2019 estão se revelando e caindo em desgraça nas redes sociais após a derrota para Lula.

Eduardo Bolsonaro, mais conhecido como Dudu Chapeiro, ou Bananinha, foi flagrado na vida nababesca do Qatar, com a camisa da Seleção Brasileira, feliz da vida, ao lado da mulher, Heloisa, torcendo para o time de Tite, ao vivo e a cores.

O casal tentou esconder que estava no país da Copa. Minutos antes de começar o jogo do Brasil contra a Suíça, Heloisa postou sua foto com a camisa preta da Seleção, toda animada, mas não disse que estava no Qatar. Bananinha sumiu das redes sociais há dias. Eles foram flagrados pelas imagens transmitidas pela Fifa no intervalo da partida.

No universo bolsonarista, o mundo caiu, junto com a máscara do Dudu. Enquanto alguns fazem o papel de golpista idiota, tomando sol e chuva na porta do quartel, pregando contra a Copa, os militares estão lá dentro assistindo ao jogo pela TV e o herói nacional, lá no Qatar, gastando dinheiro público. No seu partido, o PL, Dudu ganhou a alcunha de “radical de ar-condicionado”.

A reação de usuários de extrema-direita nas redes sociais inclui o reconhecimento de que Eduardo Bolsonaro é um grande e desprezível nada e que seu pai vai se revelando um covarde chorão.

Também faz sucesso nas redes sociais a reação de Hamilton Mourão, pregador golpista, que bloqueou um perfil que o chamou de “paquita da ditadura”. Sensacional, paquita da ditadura.

A reação do velho general de um metro e meio é reveladora da sua grandeza. É democrático, liberal, pregador das liberdades individuais apenas da boca para fora.

Essa laia já vai tarde.

---------------------------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




Comentários