//FERNANDO PESCIOTTA// Golpe do ladrão



O objetivo era nunca mais citar Bolsonaro, pois ele é passado, um passado funesto, a ser esquecido. Seu destino é ser apagado da história, que não merecia tê-lo como registro. Mas sua insistência em cometer crimes nos força a lembrar que ele, infelizmente, ainda existe.

A apelação feita pelo PL para anular os votos de 260 mil urnas é de um amadorismo absurdo. Cheio de erros, conclusões equivocadas e falhas propositais, o relatório visa apenas dar oxigênio aos bandidos, criminosos e terroristas contratados pelos empresários do agronegócio para barbarizar rodovias e casernas. E àqueles que pedem o socorro de alienígenas.

O relatório do PL é também burro. Se as urnas não serviram para dar votos a Lula, não pode servir também para eleger sua bancada na Câmara.

Antes de enviar a queixa ao TSE, o dono do PL, Valdemar Costa Neto, acusado por sua ex-esposa de ter tido um caso extraconjugal com Michelle Bolsonaro, disse a ministros da Corte e do STF que agiria apenas como resposta à pressão exercida pelo marido traído. Diz não concordar com a dúvida jogada sobre as urnas.

Claramente, o genocida quer apenas jogar gasolina na infame tentativa golpista, mesquinha como a mente e o caráter de seu idealizador.

O golpista está isolado. Nenhum líder na acepção da palavra o apoia nessa tentativa bizarra. Nem os canalhas como Carlos Wisard, que ganhou R$ 2,6 milhões para abastecer o avião presidencial com “alimentos”. Nem o Paraná Pesquisa, que levou R$ 1,7 milhão para mentir sobre as intenções de voto.

A tentativa golpista minúscula não é apenas pelo poder, mas, essencialmente, por dinheiro, a única coisa que Bolsonaro ama verdadeiramente. Sem estar no Planalto ou outro cargo público, vai depender apenas da milícia para fazer a única coisa que sabe, que é roubar. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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