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A equipe de transição de Lula que levanta dados sobre o Ministério da Saúde encontrou uma situação de calamidade pública.
O quadro é considerado grave em vários aspectos e particularmente preocupante no (des)controle de medicamentos e insumos.
A edição de decretos colocando sob sigilo o que acontece no ministério dificulta os trabalhos. O ministério omite dados sobre pacientes que tiveram sequelas pós Covid, numa tentativa de ocultar a gravidade da pandemia.
Mas é possível assegurar total descontrole na pasta. Não se sabe nem quantas doses de vacina contra a covid-19 estão disponíveis para o País dar continuidade à imunização.
Há indicativos de irregularidades na contratação de agentes privados, as chamadas Organizações Sociais, que prestam serviços de saúde em instituições públicas.
No Rio de Janeiro, o contrato de 500 servidores emergenciais acaba hoje (30) e não houve nenhuma iniciativa para reposição. No total, os hospitais públicos do Estado ficarão sem 2 mil médicos, enfermeiros e técnicos para atendimento.
O pós-pandemia tem 11,6 milhões de cirurgia represadas no SUS, único recurso de assistência de saúde para 33 milhões de brasileiros.
Para agravar a situação, o Ministério da Economia impôs corte de R$ 1,65 bilhão no orçamento da Saúde neste fim de ano, paralisando o Farmácia Popular e a compra de medicamentos para os hospitais.
Enquanto o genocida fica na cama chorando a derrota e tramando um golpe, o País acentua um desmanche da máquina pública jamais visto. Na Educação, o corte orçamentário anunciado nesta semana fará com que universidades fiquem sem pagamento de luz e sem recursos para manutenção e limpeza.
Por mais que haja a pregação da necessidade de união e pacificação do País, não se pode aceitar que um gestor público fique impune diante de tantos crimes cometidos. O genocida e sua gangue têm de pagar por tanto descalabro.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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