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Ex-deputado e um dos maiores nomes da política brasileira, Ulysses Guimarães dizia que quando a esperteza é muito grande, ela acaba comendo o dono.
Lembrei disso assim que vi a ação tresloucada do PL, teleguiado pelo inominável. Maluca, a ideia, como já dissemos, visava apenas dar argumento para os criminosos comuns e terroristas continuarem agindo e os vagabundos ficarem lambendo botas de soldados nos quarteis.
O que talvez o PL não esperasse é a reação do ministro Alexandre de Moraes demonstrando o acerto do dito por Ulysses Guimarães.
O presidente do TSE já tinha determinado que o partido indicasse falhas nas urnas também no primeiro turno, para deixar claro que não é idiota.
Diante da resistência do partido, que insiste em chamar a todos nós de imbecis, Moraes viu litigância de má-fé e aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões. Veja a simbologia disso.
Pelo Código de Processo Civil, o ministro poderia aplicar uma multa de 1% a 10% do valor da ação, que foi avaliada em R$ 1,15 bilhão. Optou por 2%, quase o piso, mas resultando em R$ 22 milhões.
O presidente do TSE determinou, ainda, a suspensão do fundo partidário do PL, Podemos e PP, partidos da coligação do meliante. Se a medida prevalecer, será difícil o PL manter a promessa de pagar salário milionário, advogados caríssimos e uma mansão para o genocida a partir de janeiro. A fonte pode secar.
Como se diz na minha terra, o PL do inominável abriu a oportunidade e o ministro acabou matando vários coelhos com uma cajadada só.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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