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Com 6 milhões de votos a mais e ainda favorito na disputa presidencial, Lula deve apresentar novidades na campanha do segundo turno.
O comitê lulista traça um leque de ações que visam atrair parcelas do eleitorado ainda refratárias ao petista, mesmo que decididas a não votar em Bolsonaro.
A estratégia inclui a ideia de divulgar uma “carta aos brasileiros” focada no público mais conservador e evangélicos. Para isso, Marina Silva e Geraldo Alckmin seriam personagens centrais de uma nova etapa de campanha.
Será importante para Lula também a adesão de candidatos derrotados no primeiro turno. Além de atrair votos, indicaria quebra de resistências. Já são intensas as conversas nesse sentido.
A senadora Simone Tebet, terceira colocada no primeiro turno, está decidida a aderir a Lula. Ela aguarda uma formalização do MDB, mas se isso não ocorrer, promete tomar a iniciativa ainda nesta semana.
Além do MDB, alas do PSDB e do Podemos pressionam a direção dos partidos para estarem juntos com o petista.
Ciro Gomes vai seguir a decisão do PDT, que conversa com o comando do PT para a formalização do apoio.
O comando da campanha de Lula planeja incorporar propostas de Ciro Gomes e Simone Tebet para atrair a classe média. Entre elas, a proposta de zerar dívidas do SPC, plano de renda mínima e projeto de educação em tempo integral.
Nas últimas cinco vezes em que esteve no segundo turno da disputa presidencial, o PT conquistou ao menos 40% dos votos em disputa. Desta vez, precisará conquistar 19% dos eleitores que fizeram outra opção no domingo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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