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A última semana de campanha começa superaquecida com os episódios grotescos de Roberto Jefferson, no mais grave exemplo do milicianismo que marca o bolsonarismo.
Os fatos são gravíssimos e precisam ser duramente punidos, mas a campanha petista não pode ficar refém de declarações estapafúrdias ou de atos de violência explícita.
Para o conjunto da sociedade, mais grave é a possibilidade levantada pelo governo de acabar com a aposentadoria e com o salário mínimo. Desindexá-los pela inflação passada é enterrá-los definitivamente, como já pretendiam os militares da ditadura.
Lula disse neste domingo (23) que dará ênfase a detalhes do seu programa de governo para a economia e a vida das pessoas.
É preciso lembrar a capacidade do PT de promover renda e emprego, de pensar numa economia crescente e distributiva, ao contrário da incompetência e falta de visão social do bolsonarismo.
Como escreve Celso Rocha de Barros, os bolsonaristas querem tirar dos pobres o direito de votar para que nunca mais terem de se preocupar com o que os pobres querem.
O crédito consignado do novo Bolsa Família é mais um exemplo de como o genocida não tem empatia. O programa cobra juros de 3,5% ao mês, três vezes mais do que a média de mercado, e não esclarece ao tomador como o financiamento será pago.
Sob Bolsonaro, a Caixa rouba de gente que passa fome.
Dito isso, é importante salientar que não se pode desprezar os gravíssimos acontecimentos do final de semana. Chamar uma mulher de “arrombada” é significativo de como pensam os bolsonaristas.
Atirar com fuzil e granadas contra a polícia é exemplo de bolsonarismo, assim como atacar uma deputada eleita, com aspecto frágil como o de Marina Silva, dentro de um hotel de ricos.
Finalmente, atirar contra manifestantes na presença de uma governadora, como ocorreu em Macaíba, região metropolitana de Natal, é revelador de como Bolsonaro quer antecipar o Capitólio tupiniquim.
Espero que a reação da parte sã da sociedade se dê no domingo, nas urnas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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