A nova ameaça de Bolsonaro para tomar de assalto o STF passa pela ampliação do número de ministros da Corte. Com as trocas que serão necessárias em 2023 e o aumento de cadeiras, ele acha que passaria a ter o controle do Judiciário se viesse a vencer a eleição.
A despeito da possível derrota eleitoral e de apoiadores avaliarem tratar-se de um “erro político grave”, o líder do genocida na Câmara, Ricardo Barros, diz ser necessário o “enquadramento de um ativismo do Judiciário”.
Ministros da Corte veem na ameaça uma “cartilha autoritária” e lembram que foi com essa iniciativa que Hugo Chaves sacramentou sua permanência no poder na Venezuela.
A tentativa de “venezuelização” de Bolsonaro explicita mais uma vez que todas as ameaças que ele aponta em seu adversário têm origem em suas próprias intenções.
Ao assumir a “necessidade” de “enquadrar” o STF, o bolsonarismo expõe com todas as letras sua sede autoritária, sua ojeriza ao respeito às leis e ao contraditório, seu nazismo nada disfarçado.
Conta com o beneplácito de segmentos da mídia, a mesma mídia que cobra de Lula uma agenda econômica que não cobra do próprio Bolsonaro, um jeito disfarçado de apoiar o inominável. Ao classificar a ideia de “chantagem golpista”, a imprensa passa pano.
Não se trata apenas de autocracia, Bolsonaro e os militares de pijama que vivem uma vida nababesca no Planalto, com Viagra, prótese peniana e picanha de graça, sonham com o atraso.
Sorte nossa, essa extrema-direita reacionária vai perder a eleição.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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