//FERNANDO PESCIOTTA// Eleição plebiscitária



A cada dia mais fatos atormentam aqueles que temem o Estado totalitário associado a extremistas violentos. Travestidos de senhores e senhoras de bem, loiras tingidas, homens de academia, endinheirados, ameaçam e atacam discordantes e supostos inimigos. A tradução mais adequada para esse radicalismo é nazismo.

Os verdadeiros conservadores, e não esses reacionários, estão assustados. A exemplo de João Amoêdo, fundador do Novo, empresários revelam o primeiro voto petista em suas vidas por temerem o futuro de várias gerações com a ode ao ódio, o fim das liberdades individuais, o radicalismo da extrema-direita.

Segundo o jornal Valor Econômico, Simone Tebet, Marina Silva e Armínio Fraga se encontraram com 650 empresários e executivos na casa de Candido Bracher, acionista do Itaú, para pedir voto em Lula.

Praticamente todos concordaram com a necessidade de evitar a recondução do genocida e só discutem se vão declarar voto publicamente.

Cenas de horror da gestapo bolsonarista se repetem diariamente. No interior do Paraná, um padre foi atacado durante a missa de domingo ao falar de “Deus em favor da vida e contra a violência”.

Outro padre, em Aparecida, teve de explicar a uma desocupada vestindo a camisa da seleção, que ameaçava agredi-lo, por que sua batina era vermelha.

O medo leva muita gente a tomar decisões inéditas. Fernando Reinach, gestor de um fundo de investimento, disse que será a primeira vez que vai votar em Lula. “Estava decidido a anular, mas cheguei à conclusão de que anular seria achar que os dois são iguais, o que não é verdade”, afirmou, conforme relata o Valor.

A eleição passou a ser um plebiscito sobre o regime que vai prevalecer no Brasil, a democracia ou o nazismo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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