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Lombadas novamente
A prefeitura está realizando uma avaliação das ruas e avenidas da cidade que apresentam maior risco de segurança no trânsito. Com base nesse levantamento vai decidir a possibilidade ou não de instalação de lombadas nesses locais. A informação foi enviada pelo Executivo à Câmara Municipal que mais uma vez teve o tema lombadas no centro das discussões dos vereadores. A instalação dos redutores de velocidade é um dos pedidos mais frequentes da população aos integrantes do Legislativo.
Resposta incompleta
A informação de que a prefeitura estaria realizando esse estudo sobre lombadas foi enviada ao Legislativo em resposta a um requerimento da vereadora Anna Beatriz Scachetti. Os vereadores consideraram, no entanto, que a resposta da Secretaria de Obras e Infraestrutura veio incompleta e aprovaram um novo requerimento solicitando que a prefeitura envie os nomes das ruas e das avenidas que estariam sendo avaliadas e quais os prazos para a instalação das lombadas em cada um dos logradouros identificados pelo estudo.
Desperdício de dinheiro
Apesar de defender a instalação de lombadas, os vereadores avaliam que esses redutores de velocidade nem sempre contribuem para evitar acidentes de trânsito e muitas vezes afetam a infraestrutura dos imóveis. Vereadores argumentam que muitos moradores que reivindicam lombadas se arrependem e acabam pedindo para que sejam retiradas. “A solicitação que mais chega aos vereadores é para colocar lombada. Mas a pessoa pede e depois quer tirar devido aos abalos em construções”, afirmou o vereador Renato Giachetto. O prejuízo financeiro para os cofres municipais, os vereadores calculam, é alto. O custo médio da instalação de cada lombada está estimado em cerca de R$ 11 mil.
Falta planejamento
Além de solicitar mais detalhes sobre a avaliação em andamento para detectar os locais que necessitam de lombadas, os vereadores criticaram a ausência de planos de mobilidade urbana e de trânsito. “O que a gente vê é que precisa acontecer uma tragédia, como a da Estrada dos Macaquinhos, que teve uma vítima fatal para que alguma providência seja tomada”, afirmou Roberto de Almeida. Ele lembrou que a prefeitura promete um estudo de trânsito desde a administração passada. O vereador avalia que a instalação de lombada é só um paliativo para a cidade que ainda não tem um plano de mobilidade urbana nem estudo de trânsito e que nos dias de trafego mais intenso, o motorista leva 15 minutos para fazer um trajeto de 2,6 quilômetros, como o da Avenida João Gerosa à Rodoviária Municipal.
Reclamação no SNEC
O vereador Wagner Del Buono aproveitou o debate sobre trânsito para tecer críticas a reclamações de sócios do Serra Negra Esporte Clube (SNEC) que teriam se queixado da instalação de duas vagas de estacionamento destinadas a idosos e pessoas com necessidades especiais na frente do clube. A reclamação seria a de que as duas novas vagas dificultam ainda mais o estacionamento para os demais. “O pessoal está bravo porque o idoso vai lá e fica quatro, cinco horas estacionado. Respondi que um dia vão ficar idosos e que se não estão contentes que saiam vereadores e tirem a vaga ou que publiquem a reclamação no Facebook”, afirmou o vereador.
O outro lado
A direção do SNEC informou que não recebeu nenhuma reclamação oficial de sócios descontentes com a instalação das vagas de estacionamento para idosos e pessoas com necessidades especiais. A direção do clube informa ainda que a fiscalização e a instalação de vagas são de responsabilidade da prefeitura e que eventuais reclamações devem ser dirigidas à divisão de trânsito da administração municipal.
Questão de gênero
A profissão de motorista de transporte por aplicativo tem atraído muitas mulheres em Serra Negra. Há mulheres entre os motoristas de pelo menos duas das empresas presentes na cidade. Algumas delas também conciliam o trabalho de motorista com outro emprego com carteira assinada para obter uma renda suficiente para as despesas da família. Mas se os homens fazem pelo menos duas jornadas de trabalho, as mulheres fazem três ou quatro e além dos dois empregos, elas em geral são responsáveis pela casa e pelos filhos. A desvantagem profissional não tem nada a ver com sexo, tem a ver com o gênero feminino. Entendeu?
Praça da Bíblia
A criação de uma praça dedicada ao livro sagrado dos cristãos voltou a ser tema de requerimento de autoria do vereador Leonel Atanázio. Ele quer saber do Executivo se há previsão para a construção da Praça da Bíblia em Serra Negra e quando e onde isso deverá ocorrer. O vereador explicou que redigiu o requerimento por sugestão do próprio prefeito Elmir Chedid. “Só para reforçar já foi feito esse pedido e conversando com o prefeito ele solicitou que fizesse novamente o requerimento para viabilizar a verba para a praça”, afirmou.
Todo mundo tem
O principal argumento apresentado pelo vereador foi o de que todos os municípios da região já contam com uma Praça da Bíblia. “Temos em Monte Alegre, Amparo e Lindoia. Em todas as cidades vizinhas temos este espaço que serve para você ir lá e falar da sua fé. Nada mais justo que Serra Negra também denomine uma Praça da Bíblia”, argumentou.
Polêmica religiosa
Esta é a segunda vez que a Câmara Municipal solicita à prefeitura a construção de uma praça dedicada à Bíblia. Atanázio redigiu um requerimento similar na legislatura anterior, encaminhado ao ex-prefeito Sidney Ferraresso. Na ocasião recebeu apoio de vários vereadores que na discussão e votação do documento se manifestaram favoráveis à criação do espaço. Desta vez os vereadores preferiram não se manifestar.
E os outros?
Os vereadores não se pronunciaram sobre a Praça da Bíblia talvez para evitar mais uma polêmica, como ocorreu na aprovação do requerimento anterior. A criação do espaço religioso dividiu a opinião dos moradores. Parte da população questionou nas redes sociais o uso de recursos públicos do município para a destinação de uma área que contempla apenas um segmento religioso e exclui os demais, como o budismo e as religiões afro-brasileiras, cujos dogmas não se baseiam na Bíblia nem no cristianismo. O ex-prefeito preferiu nem responder ao requerimento anterior.
Passando o ponto
A chegada das empresas de transporte por aplicativos na cidade praticamente acabou com a locação dos pontos de taxis na cidade. Até o início da pandemia, os donos dos alvarás concedidos pela prefeitura ainda conseguiam alugar os pontos por cerca de R$ 1 mil. Nos últimos dois anos, o preço despencou e o mercado de locação dos pontos de táxis é praticamente inexistente.
Carro mais barato
A vantagem de deter a autorização para o uso do ponto de taxi ainda é a possibilidade de comprar veículos por um preço bem inferior ao do mercado. Alguns motoristas calculam que o desconto médio gira em torno de 30%. Desde o ano passado, os descontos do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) é 18% e do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é 12% para a compra do carro zero destinado ao serviço de táxi.
Preço vantajoso
As ofertas das concessionárias e montadoras de veículos para taxistas anunciadas na internet confirmam os descontos calculados pelos motoristas. Um Corola GLI, na cor sólida custa em torno de R$ 90.990,00. Para os taxistas, com isenção de IPI e ICMS, sai por R$ 70.986,83.
Ganho na revenda
Muitos detentores do alvará de estacionamento concedido pela prefeitura nunca exerceram de fato a profissão de taxistas. Pelo menos cinco pontos na cidade teriam sido concedidos a uma única pessoa que aluga os pontos e utiliza a licença especial para adquirir carros novos por um preço bem abaixo do mercado e revender em seguida pelo menos 20% mais caro.
Sem resposta
O Viva! Serra Negra enviou várias questões sobre o assunto à assessoria de imprensa da prefeitura para saber quantos alvarás já foram concedidos em Serra Negra, em quais locais e como é feita a fiscalização, entre outras coisas. A assessoria de imprensa não respondeu ao questionamento. A informação extraoficial é a de que a prefeitura prepara um novo decreto para regulamentar o serviço dos taxistas.
Quebra de decoro
A Câmara Municipal de Serra Negra já recebeu novo pedido para que abra processo por quebra de decoro contra o vereador Leonel Atanázio, o Leo da Ambulância. Um requerimento com o mesmo teor, enviado à Câmara em julho, foi rejeitado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar porque, segundo alegou o relator da representação, vereador Eduardo Barbosa, nenhum dos 32 signatários do texto comprovou "a condição de eleitor". No novo pedido foram juntados os documentos solicitados.
Discurso ofensivo
O pedido para a abertura de processo por quebra de decoro foi feito em virtude de discurso proferido por Leo da Ambulância na sessão de 27 de junho de 2022, na qual, segundo o documento enviado à Câmara, o vereador ofendeu e caluniou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores. Leo também se referiu a Lula como "Nove Dedos", e afirmou que todos os ministros do seu governo foram presos, "sem exceção", e que o ex-presidente "roubava e desroubava". O requerimento enviado à Câmara enfatiza que "como é público e notório, não pesa sobre o ex-presidente nenhuma condenação e, portanto, dizer que ele 'roubava e desroubava' se configura uma mentira e uma calúnia e o mesmo vale para sua afirmação de que todos os assessores diretos do ex-presidente foram presos".
Nova ajuda ao hospital
Os aprovadores, ops, vereadores serranos, vão votar, na sessão desta segunda-feira, 19 de setembro, da Câmara Municipal, cinco projetos de lei de autoria do Executivo. Quatro deles visam a abertura de crédito suplementar nos valores de R$ 650 mil (Fundo Social de Solidariedade e secretarias de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Educação e Cultura, Governo e Saúde), R$ R$ 17.516,40 (Secretaria de Saúde), R$ 29.780,51 (serviços de profissionais da área de enfermagem, médica e psicológica e para a formação e capacitação de profissionais técnicos das unidades básicas de saúde) e R$ 600 mil (Secretaria de Educação e Cultura). O quinto projeto atende a um pedido da Associação da Santa Casa de Misericórdia de Serra Negra, que vai receber mais R$ 690 mil, destinado ao Hospital Santa Rosa de Lima, que atravessa mais uma crise financeira. Todos os projetos serão, como é de praxe, aprovados por unanimidade sem nenhum debate sobre seu mérito.
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Comentários
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Fazem estudos sobre lombada, mas nem consideram um estudo sobre implementação de Farol no centro. O volume atual de carros já é pede a necessidade dessa sinalização, principalmente para instruir os turistas na locomoção pela cidade.
ResponderExcluirSobre as lombadas me parece que são a última alternativa para controlar o excesso de velocidade, qdo outras alternativas ( sinalizadores de velocidade, rotatórias, radares...) foram ineficazez.
ResponderExcluirAqui no bairro onde moro, Santana,SP algumas ruas receberam placas e sinalização como ZONA CALMA, velocidade de 30km/h e monitorado por radar fotográfico.Aparentemente deu resultado. Fica a dica.
Os problemas de mobilidade urbana não serão resolvidos com intervenções pontuais.
ResponderExcluirA sugestão do comentário do anônimo de se estudar a instalação de semáforos deve ser precedida de muitas outras intervenções. Semáforos podem atravancar ainda mais o tráfego já desorganizado da cidade.