//FERNANDO PESCIOTTA// O risco da abstenção



A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (22) tem como destaque o avanço de dois pontos porcentuais de Lula, agora com 47%.

Essencialmente, os dados ficam alinhados com a pesquisa Ipec divulgada três dias antes, o que induz à conclusão de que há consenso entre os levantamentos considerados mais confiáveis.

O crescimento de Lula, mesmo no limite da margem de erro, significa a confirmação da possibilidade de vitória no primeiro turno. Ele volta a ter 50% dos votos válidos.

A pesquisa confirma a tendência da vantagem de Lula nos segmentos em que ele já é forte. Avança entre mulheres (49%), jovens (54%), eleitores de nível fundamental (56%) e entre quem ganha até dois salários mínimos (57%).

A estratégia de voto útil, porém, ainda não se revela exitosa. Talvez ainda seja cedo para dar resultado, mas consolida que Lula precisa do comparecimento de seus eleitores às urnas para confirmar a vitória já no dia 2 de outubro.

A abstenção passa a ser o grande risco para o petista. Tradicionalmente, essa ausência é mais flagrante entre eleitores de baixa renda, dependente de dinheiro para o transporte, da efetiva circulação de ônibus e da segurança nos locais de votação.

O esforço da reta final de campanha é para dar o ânimo suficiente a esse eleitor e conscientizar da importância de cada voto.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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