//FERNANDO PESCIOTTA// Disputa pelo segundo lugar



Desde o início da campanha eleitoral defendo a tese de que o governador Rodrigo Garcia vai crescer nas pesquisas de intenção de voto.

A confusão criada com a saída de João Doria da disputa, deixando o PSDB sem um presidenciável para alavancar a candidatura estadual, e a mudança relativamente recente de Garcia para o ninho tucano criaram dificuldades adicionais para a fatia do eleitorado tradicional do Estado, conservadora e acostumada com tucanos, identificar quem é seu candidato.

Tarcísio de Freitas, ao contrário, já vinha sendo projetado pelo marketing bolsonarista. Como ministro, foi levado a várias lives do genocida, contou com o esforço da máquina governamental.

Com a campanha no ar e o uso de sua própria máquina estadual, Garcia passa a ser mais conhecido e se potencializa nas pesquisas. O Datafolha divulgado na noite desta quinta-feira (15) mostra esse avanço para 19%, que representa empate técnico com o bolsonarista, que tem 22%.

A pesquisa é boa e má notícia para Fernando Haddad, que oscila de 35% para 36%. Mais do que o crescimento numérico, o levantamento dá fôlego ao petista por negar uma possível tendência de queda apontada por analistas na semana anterior.

Junto com o crescimento de Haddad, Lula também avançou no Estado, indo de 40% para 43% das intenções de voto.

Aí entra uma possível má notícia para Haddad e abre um dilema para o PT. A suposta ida de Garcia para o segundo turno elimina o palanque bolsonarista no maior colégio eleitoral do País, o que ajuda Lula. Por outro lado, pode dificultar a vitória de Haddad por Garcia parecer mais palatável para os eleitores do forasteiro Tarcísio.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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