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Depois da revelação de que a família tem o hábito de comprar imóveis pagando com dinheiro vivo, a cinco dias da eleição um novo escândalo atinge Bolsonaro.
A Polícia Federal encontrou no celular do principal ajudante de ordens do gabinete no Palácio do Planalto mensagens que levantam suspeitas sobre transações financeiras. A revelação é da Folha de S. Paulo.
De acordo com a Polícia Federal, conversas do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid com outros funcionários da Presidência sugerem depósitos fracionados e saques em dinheiro.
As movimentações financeiras servem para pagar contas pessoais da família miliciana e de pessoas próximas a Michelle Bolsonaro.
A denúncia sugere o mesmo modus operandi usado pela família ao longo das últimas três décadas, no crime de peculato, ou roubo de dinheiro público, simpaticamente apelidado de rachadinha.
A forma de agir é representativa de como pensam os integrantes da gangue. É tudo picadinho, recebimentos e pagamentos. Tudo pequeninho, para somar um roubo milionário. O mesmo método da milícia.
A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a quebra do sigilo bancário de Cid.
A iniciativa da PF é sintomática. Pode ser o indicativo de que a corporação já entendeu que Bolsonaro perdeu o poder. Faltam cinco dias.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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