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Além de avançar em pautas bizarras, como a anistia aos policiais que assassinaram 111 detentos no Carandiru, a Câmara dos Deputados realiza, acredite, cultos evangélicos. Nem em Estados religiosos o Congresso é usado como igreja.
Bolsonaro aproveitou o culto desta quarta-feira (3) para reafirmar seu perfil genocida. Incomodado com as cobranças pela democracia, ele disse que os governadores e prefeitos agiram como ditadores na pandemia. Reconheceu que foi contra as medidas de isolamento que protegeram vidas. Queria que todos morrêssemos.
Constrangido pela cobrança por compromisso com a democracia, Bolsonaro cancelou presença em debate na Fiesp, marcado para o mesmo dia 11, quando será realizado o evento em favor do processo eleitoral, das urnas eletrônicas e da democracia na Faculdade de Direito da USP, apenas três quilômetros de distância da sede da Fiesp.
Na véspera, ele chamara os empresários de “mamíferos” e os signatários do manifesto de “sem caráter”.
O debate com empresários, por pior que eles possam ser, não é o culto da Câmara, Bolsonaro não poderá falar qualquer bobagem sem que isso tenha uma péssima repercussão.
Ele poderia ser questionado, entre outras coisas obvias no momento, sobre o rompimento do teto de gastos. Seu ministro da Economia, falando a agentes do mercado financeiro, reconheceu que o teto foi estourado para pagar o auxílio-eleição.
Bolsonaro só curte a pregação com quem abaixa a cabeça para ele. Não tem estofo para nenhum tipo de debate com contraditórios.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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