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O manifesto em defesa da democracia e do processo eleitoral atingiu um de seus principais objetivos, que é a difusão da mensagem no Brasil e no mundo.
Os atos do 11 de agosto contaram com ampla exposição nos principais veículos de comunicação do Brasil, teve a cobertura de 200 veículos globais e tem sido assunto predominante nas redes sociais.
Embora o alvo das cartas sejam também os militares, o incômodo no governo é visível. A família miliciana foi às redes sociais fazer troça das manifestações e tentar vinculá-las exclusivamente ao PT.
A reação bolsonarista se dá também nos meandros da malandragem. Enquanto lideranças diversas assinam manifestos em defesa do processo eleitoral, Bolsonaro conversa com o hacker da vaza jato. Está interessado nos seus serviços para violar o código das urnas eletrônicas.
A história foi revelada por Ariovaldo Moreira, advogado do hacker Walter Delgatti Neto. Alegando quebra de confiança, o advogado dispensou o cliente, que tem histórico de tráfico de drogas, estelionato e fraudes, incluindo crimes bancários.
Segundo a deputada Carla Zambelli, vigarista profissional, Delgatti teve acesso a conversas de ministros do STF, insinuando que o interesse de Bolsonaro não é pela capacidade do criminoso de invadir as urnas eletrônicas, mas pelos supostos podres que ele teria armazenado. Ah, bom.
Em qualquer país civilizado, a presença desse tipo de gente na sede oficial do governo seria um escândalo que afastaria o chefe de Estado. No Brasil de Bolsonaro, é coisa corriqueira. Ninguém ali se sente pior do que o outro.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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