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A aguardada entrevista de Lula ao Jornal Nacional centraliza o noticiário, com repercussão internacional, e provocou mais de 15 milhões de interações nas redes sociais em três horas e chegou a ser 19 dos 20 temas mais citados.
Lula continua sendo um fenômeno de comunicação. Tudo que é relacionado a ele vira manchete, tem ampla repercussão. Como ele mesmo diz aos empresários do setor, Lula vende jornal.
Seu desempenho no JN é elogiado por analistas tradicionalmente críticos. A lavajatista Vera Magalhães, de O Globo, avalia que Lula “falou de futebol, cerveja, churrasco, passou a mensagem moderada que queria”.
Míriam Leitão, do grupo Globo, escreve no Twitter que Lula “se saiu muito bem nas perguntas sobre corrupção e usou frases de fácil comunicação”.
Para Alberto Bombig, do UOL, Lula teve participação elogiada. “Bateu pênalti e fez o gol, passou a imagem da frente ampla”, diz.
Até o comitê de campanha do genocida concordou que Lula conseguiu deixar as melhores mensagens.
A síntese do que ocorreu nesta quinta-feira (25) está na manifestação de Caetano Veloso: “Chorei vendo Lula no JN. Mais do que quando votei nele, em 2002. Tanto da nossa história. Racionalmente, meu candidato é Ciro. Mas Lula arrebata. Sou brasileiro típico. Voto em Lula.”
Na entrevista, Lula lembra algumas das realizações de seu governo, principalmente na economia e no social, mas o ponto forte foi a realimentação da esperança, o que ele faz com maestria.
Lula falou de oportunidades aos pobres, às mulheres, às minorias. Foi o avesso do avesso, como também diria Caetano.
Talvez o maior mérito de Lula ainda seja sua capacidade de comunicação e seu carisma. Mas se não tivesse o que dizer, nada disso adiantaria.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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