//EDUCAÇÃO// "Trabalhamos para formar cidadãos", diz diretora do Jovino

Nádia Carvalho, diretora da E.E. Dr. Jovino Silveira:
"Concurso fez o aluno perceber a importância da escrita "


O tema do Prêmio Vladimir Kapor de Cidadania 2022 - "O que posso fazer para melhorar Serra Negra" - contribuiu para reforçar o trabalho de conscientização cidadã que a Escola Estadual Dr. Jovino Silveira vem realizando desde a retomada das aulas presenciais com os alunos dos ensinos Fundamental I e II e Ensino Médio.

"Os jovens haviam parado dois anos e estavam meio neutros em relação às questões políticas e sociais, mas os nossos professores de Sociologia e Filosofia têm trabalhado bastante o tema cidadania, incluindo a importância de tirar o título de eleitor este ano”, afirmou a diretora Nádia Carvalho.

A Escola Estadual Dr. Jovino Silveira recebeu quatro prêmios e oito menções honrosas no concurso promovido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari. A solenidade de entrega dos prêmios foi realizada no sábado, 6 de agosto.

Os direitos e deveres dos cidadãos têm sido um dos temas abordados pelos professores em sala de aula. Além disso, a escola tem promovido atividades para informar os estudantes sobre os fatos políticos e sociais da cidade, entre as quais visitas esporádicas à Câmara Municipal.

“Os professores têm trabalhado a importância de ser um cidadão consciente, para que entendam melhor os acontecimentos, e temos os levado à Câmara Municipal quando possível, para assistirem às sessões independentemente do assunto, só para iniciá-los como cidadãos”, disse a diretora.

O concurso promovido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari contribuiu também, na avaliação da diretora, para resgatar a importância da escrita entre os estudantes. “O aluno perdeu um pouco o hábito de escrita devido à pandemia e em alguns casos também à falta de incentivo na própria casa”, observou.

Os estudantes têm bom conhecimento de tecnologia, a diretora avalia, mas estão um pouco distantes da escrita. “O concurso veio ao encontro deles para fazê-los perceber a importância da escrita”, afirmou. A perda dos limites na escola, em casa e até nas atividades de lazer e passeio foi um dos principais impactos da pandemia entre os adolescentes observados pela diretora.

“Depois de uma pandemia de dois anos, os adolescentes haviam perdido os limites de uma escola, da própria residência, para sair para ir a uma lanchonete, então, esse prêmio foi fantástico, foi nota 10 mesmo, continuem assim com esse pessoal bacana que gosta de incentivar a cultura”, disse.

Incentivo dos mestres

Os alunos foram incentivados a se inscrever no Prêmio Vladimir Kapor pelos professores de Língua Portuguesa, Gustavo Ruiz e Vitor Luís Prado Marmirolli, que também estimularam em sala de aula reflexões sobre os problemas da cidade.

“Os alunos tiveram de ter um olhar crítico, uma visão do turismo e dos pontos que precisavam melhorar, fiquei nisso junto com eles”, afirmou Ruiz. Para o professor, o concurso também foi um aprendizado. Ruiz veio de Monte Sião e disse que tinha uma visão de Serra Negra como turista. Os alunos lhe apresentaram uma cidade com o olhar de moradores. 



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