//FERNANDO PESCIOTTA// A guerra pelo segundo lugar



Enquanto as pesquisas vão confirmando o favoritismo de Fernando Haddad na disputa ao governo de São Paulo, seus adversários se mexem para ficar em segundo lugar.

A última cartada do bolsonarista Tarcísio de Freitas foi trazer o apoio de Gilberto Kassab, que namorou com o governador Rodrigo Garcia e pensou num casamento com Márcio França, que por sua vez desistiu da candidatura e, na chapa de Haddad, vai disputar a cadeira no Senado.

Quando lançou o PSD, Kassab salientou que seu partido não era de esquerda, direita nem de centro. Está dando provas de coerência ao colocar um pé na canoa de Tarcísio e outro no barco de Lula, que ele diz apoiar na disputa nacional.

Essa ligação com o petista, porém, causa descontentamento entre os chamados bolsonaristas raiz. Ter Kassab ao lado de Tarcísio, o mesmo Kassab que anda de braços dados com Lula, lhes causa desconforto por esvaziar o discurso radical.

Garcia, por sua vez, usa a máquina governista. Exemplo disso é pegar recursos do Orçamento, ou seja, o dinheiro de todos os contribuintes, para bancar o congelamento dos pedágios.

Em ano eleitoral, o governador recentemente chegado ao ninho tucano tenta evitar desgaste com a classe média e congelou a tarifa. O pessoal já paga o pedágio mais caro do Brasil para ir à praia em Guarujá. E para evitar encrenca jurídica com as concessionárias, Garcia pega nosso dinheirinho e paga os empresários.

Conforme as pesquisas, Garcia e Tarcísio estão empatados em segundo lugar, mas só um deles poderá chegar ao segundo turno, se houver.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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