O estelionato eleitoral ainda não surtiu efeito. Mesmo com o acúmulo de farras com dinheiro público, pedaladas vistas como “manobras” e pressão para que as estatais antes vistas como estupradoras lhe jorrem dinheiro, Bolsonaro ainda patina nas pesquisas.O levantamento mais recente, do Datafolha, confirma a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno.
Lula aparece com 52% dos votos válidos. Na margem, pode ter 50%, precisando de um voto a mais, ou uma folgada vantagem de 54%.
O resultado não difere muito do levantamento anterior, de junho, o que leva analistas a concluírem que o eleitor está com seu voto bastante consolidado. Mudanças só ocorrerão com grandes motivações, o que não parece muito evidente no momento.Os esforços do governo (?), porém, estão na rua. O pagamento de auxílios vai torrar R$ 50 bilhões em poucos meses, embora seu efeito esteja sendo visto como limitado. Ainda assim, a incógnita predomina.
Por outro lado, pode-se apostar na capacidade de Bolsonaro de fazer bobagem. Depois do tiraço no pé com a reunião com embaixadores, está ironizando o manifesto em favor da democracia e do processo eleitoral e contra sua tentativa de golpe. Não deve atrair ninguém que já não esteja com ele.
Lula, escaldado de tantas eleições, continua em busca de apoio e deverá trabalhar para atrair os votos que hoje estão com Ciro Gomes e a meia dúzia de eleitores de Simone Tebet.
Até com o União Brasil ele conversa e pode ter o apoio de Luciano Bivar. A ironia desse caso é que se trata do partido ao qual se filiou Sergio Moro.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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