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Saúde vai mal


A discussão na Câmara Municipal sobre a saúde na cidade contradiz o cenário positivo apresentado nas redes oficiais do Executivo local. O prefeito anunciou investimento de R$ 2,3 milhões, repassados pelo governo do Estado, para a construção de uma unidade básica de saúde (UBS), além da reforma do ambulatório de especialidades. Na mesma semana os vereadores se queixaram da falta de médicos para atendimento básico e principalmente de especialistas, a mesma reclamação dos serranos nas redes sociais, onde a prefeitura anuncia a construção da nova UBS e a reforma no ambulatório.


Programa da família


Com o aumento dos casos de covid-19, faltam médicos da família e até agentes comunitários em alguns bairros. A UBS das Três Barras, considerada em 2019 a melhor do município em levantamento do Ministério da Saúde, estaria sem médico para atender os pacientes. A vereadora Ana Barbara Regiani Magaldi informou que a médica da unidade, que deveria trabalhar 40 horas semanais, estaria atendendo também nas unidades da Nova Serra Negra, Vila Dirce e São Luís. A vereadora alertou que se isso for confirmado, o município corre risco de perder recursos repassados pelo governo federal para a saúde básica, que exige 40 horas por médico contratado pelo Programa Saúde da Família (PSF).


Conisca paga a conta


As contratações de médicos pelo município por meio de concurso público tornaram-se inviáveis devido aos trâmites burocráticos que atrasam a contratação, e em especial por causa do valor pago para os concursados, abaixo da média do mercado. A saída para elevar o valor da remuneração tem sido a admissão dos médicos por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Circuito das Águas (Conisca). Ainda assim os médicos estão descontentes. O município perdeu pelo menos dois médicos clínicos nas últimas semanas. Um deles, descontente com o sistema de remuneração via Conisca.


Desfalque na equipe


No balanço do quadrimestre apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde, Serra Negra conta com sete equipes no Programa Saúde da Família, com carga de 40 horas semanais e mais uma equipe de Atenção Primária à Saúde (APS), de 20 horas. “Venho alertando sobre os problemas nos postos de saúde há algumas sessões. Havia reclamação de que o Conisca não estava repassando recursos para o médico. Perdemos dois médicos cujo trabalho estava sendo aprovado pela população”, lamentou o vereador Roberto de Almeida.


Pagamento em dia


Vereadores da bancada do prefeito na Câmara garantem que a prefeitura tem repassado os recursos ao Conisca sem atraso. Serra Negra destinou ao Conisca R$ 1,7 milhão entre janeiro e abril. O problema no repasse para o pagamento do médico teria sido um equívoco no número da conta. Mesmo depois do acerto, no entanto, o médico decidiu pedir demissão. O vereador Wagner Del Buono, além de confirmar o repasse para o Conisca, alertou para a maior demanda de pacientes no Hospital Santa Rosa de Lima nas últimas semanas. Com o aumento de casos de covid-19, o hospital realiza cerca de 200 consultas diárias.


Prestação de contas


A Câmara Municipal quer mais transparência na prestação de contas do Hospital Santa Rosa de Lima. Requerimento da vereadora Ana Barbara Regiani Magaldi solicita informações mais detalhadas sobre alguns serviços, como o transporte de pacientes. “Está na hora do pessoal do hospital se atentar na prestação de contas, porque querendo ou não o contrato do hospital é o maior da prefeitura e a população me cobra, estou fiscalizando", afirmou.  Vereadores que aprovaram o requerimento dizem, no entanto, que a falta de transparência já existia quando a vereadora era secretária da Saúde.


Apelo à Sabesp


A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) continua ignorando os pedidos dos vereadores e até os do prefeito Elmir Chedid para que sejam cumpridos os contratos firmados com o município para o desassoreamento dos lagos e principalmente os de coleta de esgoto em bairros ainda não atendidos por esse serviço.


A onze mãos


A Câmara Municipal aprovou um requerimento assinado pelos 11 vereadores solicitando à Sabesp informações sobre as obras de desassoreamento dos lagos Represa Dr. Jovino Silveira, Querência e Lago Seco. O Legislativo quer uma resposta da empresa no máximo em 15 dias. Os vereadores também querem que a Sabesp se pronuncie sobre o andamento das obras para estender a coleta de esgoto nos bairros ainda não atendidos pela empresa.


Marketing político


Sem conseguir uma resposta efetiva da Sabesp, o prefeito Elmir Chedid recorre às redes sociais. A prefeitura informou em 12 de maio que o prefeito participou de uma reunião com a direção da companhia para anunciar a licitação para obras de extensão de rede de água e esgoto. O investimento seria de R$ 20 milhões, que devem beneficiar os bairros Chave Preta, Jardim do Salto, Placidolandia e Três Barras.


Limpeza dos lagos


A prefeitura anunciou também em maio o convênio de desassoreamento dos três lagos. No início deste mês, o prefeito voltou às redes sociais para informar que tem cobrado da Sabesp as obras de desassoreamento e mais uma vez citou o investimento da Sabesp de R$ 6 milhões, informando agora que os recursos serão repassados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).


Turismo cover


O pessoal que cuida do turismo de Serra Negra deve ter cuidado para, nessa busca desenfreada por uma "nova identidade" para a cidade, não se perder no meio do caminho. Várias cartas já foram postas na mesa: rotas rurais, Alto da Serra, balonismo, saúde, ecoturismo, turismo de negócios, turismo de compras, cafeicultura... E agora, surge o "turismo réplica", ou "cover", para ficar mais sofisticado, com as ideias de um vereador de povoar a cidade com estátuas do elenco do programa humorístico "A Praça é Nossa", e da prefeitura de construir uma fonte imitando um monumento romano. As más línguas dizem que, afinal, copiar pode ser mesmo a vocação de Serra Negra, cidade que tem como um dos principais pontos turísticos uma réplica do Cristo Redentor carioca e elegeu como prefeito o irmão gêmeo do deputado. 


Justa homenagem


Homenagear a Itália, berço dos imigrantes que ajudaram a construir Serra Negra é mais que justo. Construir uma réplica de um monumento que diz respeito somente à história e cultura italianas, porém, talvez não seja a homenagem mais adequada. A Serra Negra de hoje conserva laços bem mais profundos com a Itália do que uma cópia em escala reduzida e materiais ordinários da fonte romana. Exemplos dessa ligação podem ser observados, por exemplo, na culinária, em algumas construções rurais que restaram, nas festas religiosas e principalmente na memória afetiva dos descendentes dos imigrantes. E isso é bem mais sólido que qualquer monumento.


Sugestões


Para quem acha que estátuas de comediantes inexpressivos e réplicas de monumentos estrangeiros vão trazer multidões de turistas à cidade, cabem algumas sugestões. Se o caso é homenagear o DNA italiano de Serra Negra, por que então, por exemplo, não se construir uma cópia do Coliseu no Casco de Ouro? Evidentemente, com representações periódicas das lutas dos gladiadores - ou da matança dos cristãos jogados às feras. Além disso, que tal refazer na cidade a famosíssima Torre de Pisa, cuja inclinação nos inspira a ver que o mundo não é perfeito? 


Mau gosto


Copiar monumentos famosos não é novidade. Cidades de vários países fizeram réplicas das pirâmides do Egito, do Taj Mahal, da Esfinge de Gizé e do Parthenon, entre outras. Nos Estados Unidos, os cassinos da breguíssima Las Vegas usam e abusam desse expediente. No Brasil, um empresário de Umuarama, no Paraná, se encantou com a Torre Eiffel e construiu uma cópia dela na cidade. Ivaiporã, também no Paraná, não ficou atrás e também fez a sua Torre Eiffel. Quem vai a esses locais é movido pela curiosidade. Mas esses curiosos podem, em muitos casos, acabar carregando, depois da visita, o mau gosto que qualquer cópia inspira.



Praça dos ônibus


Os veículos fretados de excursão continuaram, neste fim de semana, a estacionar em locais proibidos na Praça Sesquicentenário. No sábado, 18 de junho, à tarde, sete deles ocupavam todo o quarteirão da Rua Pedro Edson Ribeiro, entre as avenidas Juca Preto e 23 de Setembro. Como de costume, não havia nenhum agente de trânsito para sequer orientar os motoristas sobre onde estacionar os ônibus e vans. Uma cidade turística não pode tratar de maneira tão amadora uma tema tão sensível aos moradores e visitantes como a mobilidade urbana. 


Concurso de redação


Noventa e três alunos de nove escolas de Serra Negra se inscreveram para o Prêmio Vladimir Kapor de Cidadania 2022, promovido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari. O concurso, que tem como tema "O que posso fazer para melhorar Serra Negra", vai dar prêmios para as três melhores redações de cada ciclo escolar - Fundamental 1, Fundamental 2 e Ensino Médio. O resultado será divulgado dia 20 de julho e a festa de premiação será no dia 6 de agosto. As escolas que enviaram trabalhos foram a EE Dr. Jovino Silveira, EE Professora Amélia Massaro, EE Professora Franca Franchi, EE Lourenço Franco de Oliveira, EE Deputado Romeu de Campos Vergal, EE Professora Nair de Almeida, Colégio Reino e Colégio Libere Vivere.


Nome de rua


A Câmara Municipal vai votar nesta segunda-feira, 20 de junho, projeto de lei dos vereadores Wagner Del Buono e Anna Beatriz Scachetti denominando a Rua I, do Loteamento Jardim Placidolândia com o nome de Vereador Professor Vladimir José Francisco Kapor. Se os vereadores aprovarem o projeto, estarão prestando uma merecida homenagem a alguém que sempre lutou por uma sociedade mais igualitária e melhor para todos. Na mesma sessão serão votados outros projetos de lei que também homenageiam, com nomes de ruas, outros serranos: Wanda Maria Panhan Buzzo Menegatti, Aparecida Menegatti, Neuza Lourdes de Toledo Marchi e Jovino Vicente Alves.


Campanha do agasalho


Até o dia 14 de junho o Fundo Social de Solidariedade havia atendido 501 famílias de Serra Negra em sua Campanha do Agasalho. A presidenta da instituição, Deborah Chedid, informa que ainda necessita de doações, principalmente roupas masculinas e para crianças de 6 a 16 anos.  O Fundo Social de Solidariedade fica na Avenida João Gerosa, 98. As pessoas e estabelecimentos comerciais que não puderem fazer a entrega podem ligar para o número (19) 3842-2466, para que os itens sejam retirados.


Crochetaço


O grupo Quadradinhos de Amor vai promover, dia 16 de julho, na Praça João Zelante, a partir das 9 horas, o 1º Crochetaço do Circuito das Águas. O objetivo do evento é mostrar o seu trabalho e ensinar a fazer crochê e tricô. Cerca de 1.600 kits de gorros e cachecóis foram doados pelo grupo às crianças da rede municipal de ensino no ano passado, além de mais de 400 mantas.





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