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Nesta quarta-feira, os bancos centrais do Brasil e dos EUA aumentaram as taxas básicas de juros. Embora em números absolutos haja um abismo entre uma taxa e outra (1% lá e 12,75% aqui), a conjugação das altas significará uma piora no quadro macroeconômico.
Com a elevação dos juros nos EUA, aumenta a tendência de migração do dinheiro para o porto seguro chamado dólar, deixando uma lacuna na oferta da moeda norte-americana no mercado doméstico.
Com menos dólar no mercado, sua cotação aumenta, levando para cima também a inflação, pois muitos insumos básicos para a produção no Brasil são cotados em dólar. Ocorre o mesmo com os alimentos que abastecem o mercado brasileiro e o mercado global.
A saída de capital pode atingir a Bolsa de Valores, dificultando a capitalização das empresas, o que resulta em menor oferta de empregos.
Finalmente, os juros mais altos no Brasil – a maior taxa do mundo após a décima alta seguida – encarecem o crédito, o que inibe o consumo.
Em linhas gerais, juros altos só favorecem os mais ricos, que ganham com investimentos em renda fixa, que se torna ainda mais atraente. Deixar o dinheiro no banco rendendo altos juros é simples e fácil, mas só para quem tem dinheiro, óbvio.
Nessa conjuntura difícil, a única coisa que se ouve do governo é ampliar os auxílios sociais, de olho na urna – ainda assim, graças ao Congresso, pois o Executivo previu o auxílio apenas até a eleição.
Novamente, é preciso salientar a total ausência de estratégia de combate à estagflação. Não há nenhum plano econômico, nada se pode esperar dessa gangue.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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